O deputado federal Bilac Pinto, do Democratas, é o novo responsável pela articulação política do governador Romeu Zema (Novo) e vai conduzir as negociações para aprovar as propostas para Minas aderir ao programa de recuperação fiscal do governo federal. A nomeação do parlamentar, que se licenciou do cargo em Brasília para assumir o cargo de secretário de governo, foi publicada no Diário Oficial desta terça-feira (27).
Não é a primeira vez que Bilac Pinto assume um cargo de secretário. Ele comandou a pasta de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior no governo do hoje deputado federal Aécio Neves (PSDB), de janeiro de 2003 a março de 2006. Antes, foi chefe de gabinete da antiga Secretaria de Estado de Minas e Energia, em 1985, e diretor da Cemig (1991).
Na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), foi deputado de 1995 a 2007, quando trocou o Legislativo estadual pela Câmara dos Deputados. Em Brasília, está no terceiro mandato. Bilac foi filiado ao antigo PFL (hoje Dem) e ao PL.
A nomeação coloca o Dem, do senador Rodrigo Pacheco, que concorreu ao cargo na chapa do candidato que perdeu o segundo turno para Zema, senador Antonio Anastasia (PSDB), no Palácio Tiradentes. Depois de desisitir de concorrer ao Palácio para se aliar aos tucanos, ele é visto como potencial candidato ao governo em 2022.
Também abre vaga para o deputado federal Marcus Pestana, um dos principais aliados de Aécio, voltar à Câmara dos Deputados.
Na última semana, Pestana disse que estava pensando se iria assumir o cargo no Legislativo, já que está atuando na vida privada. O tucano disse trabalhar prestando consultorias em São Paulo. Na manhã desta terça-feira, Pestana vai conversar com o presidente do DEM Rodrigo Maia para anunciar a decisão.
Caso ele decline de voltar ao Legislativo, quem assume é o ex-deputado estadual Fabiano Tolentino (PPS).
Durante a campanha eleitoral, o então candidato Romeu Zema disse que seu secretariado seria diferente das dos demais governos, pois ele não colocaria deputados para comandá-las.
Bilac, no entanto, foi escolhido para ficar no lugar do tucano Custódio Mattos, ex-presidente do PSDB, ex-deputado e ex-prefeito de Juiz de Fora. A troca foi articulada para facilitar o trânsito do governo na Assembleia e teria a influência principalmente do presidente da Casa, deputado Agostinho Patrus (PV).