O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, concedeu mais uma liminar ao governo de Minas para evitar que R$ 122,8 milhões dos cofres do estado fossem bloqueados. O valor poderia ser retido pela União em contragarantia em correspondência a uma parcela de empréstimo com o Credit Suisse - firmado em novembro de 2012, no valor de US$ 1,27 bilhão para financiamento parcial do Programa de Reestruturação da Dívida CRC-Cemig. A decisão do ministro foi tomada ontem e nesta quarta-feira a União foi intimada.
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Justiça determina bloqueio de R$ 555 milhões de investigados na 63ª da Lava JatoSTF livra Minas de bloqueio de R$ 444,5 milhões pela União Bretas diz que não há o que ajustar em bloqueio de R$ 8,2 Mi de Temer“Determino à União o estrito cumprimento da tutela de urgência anteriormente deferida, suspendendo-se a execução da contragarantia do contrato celebrado em 28/11/2012 com o banco Credit Suisse AG, devendo a União ainda abster-se de inscrever o Estado de Minas Gerais em cadastros de inadimplência por condutas relacionadas ao referido contrato”, determinou o ministro do Supremo. A União tem o prazo de cinco dias para recorrer da decisão.
O ministro já havia concedido liminar nos mesmos moldes na primeira liminar do caso, deferida em 18 de fevereiro deste ano.
Contudo, mesmo com a liminar anterior a União notificou o Banco do Brasil para que fosse repassada à União o valor de R$ 122,8 milhões. “Ao reiterar a liminar para suspender a execução da contragarantia do contrato celebrado, o ministro Luiz Fux determinou à União “o estrito cumprimento” da tutela anteriormente deferida”, informou nota do STF.
Na decisão liminar de fevereiro, o ministro Luiz Fux ainda alegou que Minas Gerais vive atualmente uma “penúria fiscal” reconhecida no decreto de calamidade financeira assinado pelo então governador Fernando Pimentel (PT) em dezembro de 2015.
Bloqueios anteriores
A situação financeira de Minas, no entanto, já levou o estado a conseguir – entre janeiro e julho -, outras sete liminares no STF evitando bloqueio de suas contas. No total, o Supremo livrou Minas de perder R$ 1,86 bilhão nos primeiros sete meses da gestão Romeu Zema (Novo). Os valores seriam usados para pagar parcelas de empréstimos com instituições como o Banco do Brasil, Banco do Nordeste do Brasil S/A (BNB) e o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird).
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