O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), criticou as declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre a ex-presidente do Chile Michelle Bachelet e seu pai, Alberto Bachelet, preso, torturado e morto em 1974 pela ditadura militar no país. Para Doria, Bolsonaro fez uma "indelicadeza" com a chilena, que hoje é Alta Comissária da ONU para Direitos Humanos. O tucano sugeriu que o presidente "cuide mais do País" e afirmou que "não será com brigas que vamos construir uma imagem positiva do Brasil no mercado internacional".
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'Não compartilho da alusão de Bolsonaro a Bachelet', diz presidente chileno'Michelle Bachelet está muito mal informada', afirma Ernesto AraújoRelação entre Chile e Brasil deve 'transcender' pessoas e governos, diz chancelerBachelet convida Ana Estela Haddad para rede de proteção à primeira infância"Tomo a liberdade de sugerir ao presidente Bolsonaro: cuide mais do País, cuide mais do seu povo.
Ataques
Na última quarta-feira, 4, o presidente criticou o trabalho de Bachelet como Alta Comissária da ONU para Direitos Humanos e disse que o golpe de 1973 "deu um basta à esquerda" no país. As críticas foram umas resposta a declarações de Bachelet de que o Brasil não é uma democracia plena.
"Seguindo a linha do (Emmanuel) Macron (presidente da França) em se intrometer nos assuntos internos e na soberania brasileira, (Michelle Bachelet) investe contra o Brasil na agenda de direitos humanos (de bandidos), atacando nossos valorosos policiais civis e militares", escreveu Bolsonaro em rede social.
"(Bachelet) Diz ainda que o Brasil perde espaço democrático, mas se esquece que seu país só não é uma Cuba graças aos que tiveram a coragem de dar um basta à esquerda em 1973, entre esses comunistas o seu pai, brigadeiro à época"..