O presidente Jair Bolsonaro bateu o martelo: o novo procurador-geral da República é o subprocurador Augusto Aras, que foi comunicado da escolha pelo Planalto na tarde desta quinta-feira (5/8).
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Aras sempre foi o favorito para ocupar o cargo de PGR, mas sua indicação contrariava uma parte da ala bolsonarista, que o identifica como um "nome de esquerda". Isso porque o subprocurador chegou a ser cogitado para o Supremo Tribunal Federal (STF) durante o governo de Dilma Rousseff (PT), conforme apontavam matérias jornalísticas da época.
Nos últimos dias, porém, seu nome ganhou ainda mais força graças ao seu alinhamento às questões ambientais, tema que gerou uma das maiores crises do governo Bolsonaro, após a disparada das queimadas na Amazônia. Veio de Aras, por exemplo, a ação do Ministério Público Federal (MPF) para resolver o caso do linhão de Manaus/BoaVista, travado há anos por impasses com os povos indígenas.
Por não compor a lista tríplice da Associação Nacional de Procuradores da República (ANPR), Arras sempre correu por fora. Conforme adiantado pelo Correio, o novo PGR poderá favorecer o ex-deputado Alberto Fraga, amigo do subprocurador e intermediário dos encontros de Aras com o presidente.
Aras tem doutorado em direito constitucional
Aras é mestre em direito econômico e doutor em direito constitucional pela Pontifícia Católica de São Paulo (PUC-SP). Ele é integrante do Ministério Público Federal (MPF) desde 1987.
Ele já foi membro 1ª Câmara de Coordenação e Revisão em Matéria Constitucional e Infraconstitucional; na 2ª Câmara de Coordenação e Revisão em Matéria Penal na qualidade de Coordenador do Grupo de Trabalho de Enfrentamento dos Crimes Econômicos; na 3ª Câmara de Coordenação e Revisão em Matéria Econômica e do Consumidor, ora seu Coordenador (2018/2020); no Conselho Institucional ; no Conselho Superior do Ministério Público Federal.
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