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Estado de Minas POLÍTICA

Ex-superintendente da PF no Rio diz que está 'feliz com as homenagens'

Saadi foi exonerado no dia 30 de agosto, segundo publicação no Diário Oficial da União em portaria assinada pelo secretário-executivo do Ministério da Justiça Luiz Pontel


postado em 06/09/2019 16:03 / atualizado em 06/09/2019 18:27


O delegado Ricardo Saadi, que caiu da Superintendência Regional da Polícia Federal no Rio por pressão e ordem do presidente Jair Bolsonaro, disse que está "feliz com as homenagens" que tem recebido desde que deixou o cargo. Em uma rede social, ele postou "agradecimento especial a todos os colegas" da Superintendência do Rio.

Mas manteve o silêncio e não fez comentários sobre sua queda, nem os motivos que levaram Bolsonaro a exigir sua cabeça, abrindo uma crise na cúpula da corporação.

"Feliz com as homenagens recebidas ao deixar a Polícia Federal no Estado do Rio de Janeiro. Agradecimento especial a todos os colegas da SR/PF/RJ", escreveu o delegado em sua página no Linkedin.

Saadi foi exonerado no dia 30 de agosto, segundo publicação no Diário Oficial da União em portaria assinada pelo secretário-executivo do Ministério da Justiça Luiz Pontel.

Saadi detém ampla experiência em investigações sobre crimes financeiros e lavagem de dinheiro. Ele comandou o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), vinculado ao Ministério da Justiça.

A queda de Saadi foi antecipada por Bolsonaro no dia 15 de agosto, em entrevista na porta do Palácio do Planalto. Na ocasião, o presidente alegou "questão de produtividade" e surpreendeu a cúpula da PF que, em nota, contradisse o presidente ao afirmar que a substituição já estava planejada e não tinha "qualquer relação com desempenho".

A PF informou que o delegado Carlos Henrique Oliveira Sousa, da PF em Pernambuco, seria indicado para o lugar de Saadi, mas até agora o comando do Rio está vago.

A crise se alastrou na instituição e pode culminar na demissão do diretor-geral, delegado Maurício Valeixo.

Ricardo Saadi, que, em princípio, só sairia da Superintendência do Rio no início de 2020, está cotado para assumir o cargo de representante do Brasil na polícia da União Europeia, a Europol, sediada na Holanda, mas isso depende de uma série de articulações.


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