Milhares de pessoas se reuniram na manhã deste sábado, embaixo do viaduto de Santa Tereza, no Centro de Belo Horizonte, na mobilização do Grito dos Excluídos. O manifesto é um contraponto às comemorações oficiais do 7 de setembro e têm na pauta questões sociais.
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A marcha sai do viaduto, percorre a Avenida dos Andradas, segue pelas ruas Guaicurus e Curitiba, entra na Avenida Amazonas e tem fim na Praça Sete.
A irmã Caroline Santos de Souza, da Congregação das Irmãs Operárias, não abriu mão de participar este ano. "É sempre um grito a mais pela vida, pela dignidade. Essa nova versão do governo não representa os que mais necessitam", afirma.
Estudante de letras, Petrisa Salumi, de 26 anos, é uma das centenas de alunos, professores e pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) que participaram do grito dos excluídos. Assim como outras universidades do país, a federal de Minas está com mais de 30% do orçamento geral contingenciado desde maio, tendo fôlego só até este mês.
Nos últimos dias, sofreu outros duros golpes, com o corte e congelamento de bolsas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior Capes). "Acredito em várias causas convergindo: educação, meio ambiente, reforma da Previdência. A classe trabalhadora tem sido a mais prejudicada. Temos que nos unir em prol desses temas que são muito caros para nós. Não dá para ficar em casa ", ressalta Petrisa..