O presidente Jair Bolsonaro apresentou dificuldades nessa terça-feira, para eliminar gases e, por isso, a equipe médica introduziu uma sonda nasogástrica para retirar o excesso de ar do intestino do presidente, afirmou o médico responsável pela cirurgia de Bolsonaro, Antônio Macedo, na manhã desta quarta-feira. "Fizemos um raio-x do abdômen e ele apresentou distensão do estômago e do intestino grosso, que estava cheio de ar", disse Macedo, no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, onde o presidente se recupera de uma cirurgia realizada no domingo (8) para correção de uma hérnia incisional.
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"Quando o intestino é aberto, chega uma hora em que ele engole muito ar e não consegue soltar. Aí você consegue tirar o ar pela sonda", disse o médico.
"Nós não colocamos a sonda nos dois primeiros dias porque é algo muito agressivo", afirmou Macedo. De acordo com o médico, não há previsão para retirar a sonda nasogástrica e nem para que o presidente volte a se alimentar por via oral. De acordo com o médico, os exames laboratoriais de Bolsonaro estão estáveis. "As partes de circulação e de cardiologia estão ótimas", disse Macedo.
O médico afirmou, ainda, que o presidente tem falado o mínimo possível. "Até com a gente (equipe médica) ele fala baixinho, para não engolir ar".
Retorno
Na terça-feira, o porta-voz da Presidência da República, Otávio do Rêgo Barros, disse que Bolsonaro teria condições de comandar o País na quinta-feira, 12, mesmo de dentro do hospital.