Jornal Estado de Minas

'Uma CPI toca fogo no país', diz Flávio Bolsonaro sobre a Lava-Toga e é cobrado por seguidores

Pressionado pelos seus seguidores a apoiar a criação de uma CPI que investigue supostas irregularidades cometidas por magistrados de tribunais superiores, o senador Flávio Bolsonaro (PSL) se disse contra a criação da comissão, chamada de Lava-Toga


Em entrevista ao canal Terça Livre o parlamentar afirmou que o momento não é de gerar mais instabilidade como uma CPI para investigar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

“Não tenho rabo preso com ninguém. Não devo favor para ninguém. O que aconteceu no Supremo, com o Toffoli foi apenas que ele seguiu a lei. Não me fez favor nenhum. Mas tenho a clara percepção que uma CPI com essa pauta toca fogo no país. Todo mundo sabe como começa e ninguém sabe como termina. Vai colocar o Poder Legislativo com o Poder Judiciário”, avaliou o filho do presidente Jair Bolsonaro.

 

Nas redes sociais, o parlamentar tem recebido uma enxurrada de críticas de seguidores. Nesta quarta-feira, no perfil de Flávio no Instagram vários deles cobraram com palavrões o apoio do senador à CPI da Lava-Toga. "E a CPI da Lava-Toga, vai assinar ou amarelar? Vai dar desculpa de governabilidade tbm?", afirmou um. "P..., Flávio, se pronuncia aí. Tá de caô, c.... Os cara acusando vc de intervir na lava-toga. Tá de sacanagem ?!", postou outro.


Outros dois alertaram Flávio, para que não arranhe a imagem do pai.

"E a CPI da Lava-Toga? Se não deve não teme, sujando nome do seu pai Bolsonaro!!!", disse um. "Fiz campanha e votei em Bolsonaro acreditando e ainda acredito que ele fará diferente, você senador com sua atitude de querer barrar CPI da Lava-Toga é reprovável e vai sujar a imagem do seu pai, pense bem!", afirmou outro. "A PF só ficou ruim agora que começou a investigar você, né? Quando investigava os outros ela era maravilhosa, né? Ah tá! #cpilavatoga." 

 

Na entrevista, o parlamentar afirmou ainda que se ele votasse a favor da criação da comissão, por ser filho de Bolsonaro, seu voto seria considerado como uma endosso do próprio Presidente da República à Lava-Toga.

“Olhe o grau de desconfiança que isso poderia gerar. Olha o grau de instabilidade que isso iria gerar. A quem interessa uma instabilidade política neste momento? Nesse momento eu opto pela prudência, pela estabilidade, para que nosso governo possa trabalhar. Por isso não assinei”, afirmou Flávio Bolsonaro.

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