Pressionado pelos seus seguidores a apoiar a criação de uma CPI que investigue supostas irregularidades cometidas por magistrados de tribunais superiores, o senador Flávio Bolsonaro (PSL) se disse contra a criação da comissão, chamada de Lava-Toga.
Em entrevista ao canal Terça Livre o parlamentar afirmou que o momento não é de gerar mais instabilidade como uma CPI para investigar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
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Nas redes sociais, o parlamentar tem recebido uma enxurrada de críticas de seguidores. Nesta quarta-feira, no perfil de Flávio no Instagram vários deles cobraram com palavrões o apoio do senador à CPI da Lava-Toga. "E a CPI da Lava-Toga, vai assinar ou amarelar? Vai dar desculpa de governabilidade tbm?", afirmou um. "P..., Flávio, se pronuncia aí. Tá de caô, c.... Os cara acusando vc de intervir na lava-toga. Tá de sacanagem ?!", postou outro.
Outros dois alertaram Flávio, para que não arranhe a imagem do pai.
Na entrevista, o parlamentar afirmou ainda que se ele votasse a favor da criação da comissão, por ser filho de Bolsonaro, seu voto seria considerado como uma endosso do próprio Presidente da República à Lava-Toga.
“Olhe o grau de desconfiança que isso poderia gerar. Olha o grau de instabilidade que isso iria gerar. A quem interessa uma instabilidade política neste momento? Nesse momento eu opto pela prudência, pela estabilidade, para que nosso governo possa trabalhar. Por isso não assinei”, afirmou Flávio Bolsonaro.