O vereador de Divinópolis, região Centro-Oeste do estado, Edson Sousa (MDB) passou mal durante discussão acalorada do projeto que autoriza a prefeitura a contrair empréstimo de R$40 milhões. Ao rebater o colega de partido, Dr. Delano, ele se alterou e precisou ser socorrido pelo Corpo de Bombeiros.
O clima esquentou entre os vereadores durante a defesa dos votos. Dr. Delano confrontou Edson ao dizer que na legislatura do então prefeito, Demétrius Pereira, ele votou a favor do empréstimo de R$43 milhões mesmo sendo oposição.
O chamando de “primo” e ironizando, disse que votaria seguindo a posição do emedebista em 2007. “Naquela época não tinha calamidade financeira e o colega votou. Não tem porque a gente não dá R$40 milhões para este aqui (...) Vou ser coerente aqui com o meu colega”, afirmou.
Edson é oposição ao atual governo e já havia declarado ser contra a autorização. Ao rebater o vereador do mesmo partido, se alterou o chamando de “moleque”. “Você é um moleque, eu não sou da sua laia não (..) Estou aqui discutindo projetos e não atacando a honra de ninguém. Isso é covardia”, disparou.
O presidente em exercício, Marcos Vinícius (PROS) chegou a ameaçar a corta o microfone de Edson caso ele mantivesse o mesmo tom.
Edson se alterou e ao apontar o dedo para Dr. Delano disse que não estava passando bem e foi socorrido pelos edis. Ele perdeu as forças e foi deitado no chão.
O Corpo de Bombeiros prestou o atendimento. Inicialmente, foi descartada a hipótese de infarto. Ele foi levado para o Hospital São Judas Tadeu onde passará por exames.
Votação do projeto foi mantida
Mesmo após o ocorrido o presidente, Rodrigo Kaboja (PSD) seguiu com a reunião normalmente. Dois vereadores deixaram o plenário em protesto: Roger Viegas (PROS) e Sargento Elton (Patriota). O vereador, Matheus Costa (Cidadania) acompanhou Edson até o hospital.
A vereadora, Janete Aparecida (PSD) sentiu algumas tonteiras e deixou o plenário chorando. Ela também foi levada para uma unidade de saúde.
O projeto que autoriza o prefeito, Galileu Machado (MDB) a contrair empréstimo de R$40 milhões foi aprovado por 11 votos a favor e nenhum contra.
A maior fatia, R$27 milhões, deverão ser aplicados na pavimentação de vias; R$11 milhões na construção da ponte ligando os bairros Maria Peçanha ao Realengo. No projeto, o empreendimento ganhou um nome mais pomposo: complexo rodoviário.
Por fim, os R$2 milhões restantes serão utilizados para a conclusão do primeiro pavimento do Centro-Administrativo, sede da prefeitura.
(Amanda Quintiliano, especial para o EM)