Indicado para comandar a Procuradoria-Geral da República (PGR), o subprocurador Augusto Aras afirmou nesta quinta-feira, 12, ter dito ao presidente Jair Bolsonaro que ele não pode "mandar, desmandar" nem mudar o que for feito pelo Ministério Público porque o ocupante do cargo tem garantias constitucionais.
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Aras se reúne com senadores do PT e critica 'punitivismo'Aras: 'País exige não somente combate à corrupção, mas destravamento da economia'Em périplo no Senado, Aras tem discurso bem recebido e evita imprensaAntes de anunciar a escolha de Aras, Bolsonaro defendeu o alinhamento do procurador-geral com algumas ideias. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo no mês passado, o presidente afirmou que não pretendia indicar para o cargo um "xiita" da questão ambiental nem das minorias.
Desde o início da semana, Aras está em busca de votos no Senado. Para ser efetivado no cargo, ele será sabatinado na Comissão de Constituição e Justiça e precisa do apoio de pelo menos 41 dos 81 senadores.
Alessandro Vieira disse que Aras demonstrou interesse em "domar a independência" dos colegas que atuam na primeira instância. "Ele tem uma visão de que o MP tem um papel importante na indução de políticas econômicas. Eu entendo que não. O MP não é parceiro do governo. É, mais do que tudo, um fiscal das políticas desenvolvidas", afirmou o senador.
A indicação do subprocurador tem como relator o senador Eduardo Braga (MDB-AM), que é investigado na Lava Jato. Braga afirmou que seu parecer será favorável à indicação.