Os vereadores de Belo Horizonte rejeitaram na tarde desta sexta-feira (13) a abertura de processo de cassação do vereador Flávio dos Santos (Podemos). Ao todo, 20 vereadores votaram a favor da abertura, eram necessários 21 votos para iniciar o processo de investigação das denúncias de 'rachadinha' do parlamentar.
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Na sessão desta sexta, 20 votaram para abrir o processo, 4 votaram contra, 3 se abstiveram. Outros vereadores presentes não votaram.
Com um voto a menos do que o necessário para abertura, o processo foi arquivado.
Vereadores que votaram contra a abertura do processo citaram “banalização” e “denuncismo exagerado” na Casa.
“Vivemos nesta Casa um denuncismo de tudo e de todos. A preocupação é de se defender de denúncias vazias. Aqui não tem rachadinha, rachadão, coisa nenhuma”, disse Jair di Gregório (PP).
Os que defendiam a abertura consideraram “lamentável” e “vergonhosa” a decisão do Plenário. “O que estamos vendo é uma 'operação salva todo mundo'. As denúncias apresentadas hoje são robustas e precisariam ser investigadas. A Câmara deu uma prova de indignidade hoje”, afirmou Mateus Simões.
Votaram contra a abertura do processo: Wesley da Autoescola, Jair di Gregório, Fernando Luiz e Coronel Piccinini. Se abstiveram: Álvaro Damião, Preto e Jorge Santos.
Oito vereadores presentes no Plenário não votaram. Flávio dos Santos foi um dos primeiros a chegar no Plenário. Ele conversou com alguns colegas e passou a maior parte do tempo na 'Casa da Dinda", onde são servidos lanches e os parlamentares podem conversar reservadamente. Flávio não quis falar com a imprensa.
Assessoria do vereador informou que Flávio deixou rapidamente a Câmara se sentindo mal e com pressão alta.
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