A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, disse nesta terça-feira, 17, que, nos dois anos em que esteve à frente do Ministério Público Federal (MPF), tentou difundir um estilo de autocontenção que considera "adequado" para todo membro da instituição. O comentário da procuradora foi feito após ela ser questionada sobre o vazamento de mensagens de procuradores da força-tarefa da Lava-Jato reveladas pelo site "The Intercept Brasil".
Leia Mais
Raquel Dodge 'segura' casos da Lava-Jato por até 21 mesesRaquel pede federalização de investigações sobre conflitos agrários em RORaquel diz que portaria de Moro sobre deportação sumária fere 'dignidade humana'Em coletiva de imprensa para entregar um balanço de gestão, Raquel Dodge foi questionada sobre o vazamento de mensagens de procuradores, mas observou que não ia comentar o episódio já que esses fatos "não estão no momento na minha mesa".
"Apenas para dizer que, do ponto de vista da chefe do Ministério Público, gestora e presidente do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público, que investiga membros do MP) e CSMPF (Conselho Superior do Ministério Público Federal, órgão máximo de deliberação do MPF), temos que ter cuidado com a palavra, estimular, pelo exemplo, o comportamento de sobriedade, acho que esta autocontenção enuncia a ética que devemos estimular no MP, porque lidamos com pessoas e é preciso ter cuidado com o que fazemos", acrescentou.
"O que posso dizer é que eu tentei difundir pelo meu comportamento e autocontenção o estilo que acho adequado para todo membro do MPF", completou Raquel Dodge..