A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) realizou, na manhã desta quarta-feira, a terceira fase da Operação Curupira. A corporação cumpriu dois mandados de busca e apreensão em setores do departamento de documentação e arquivo da Prefeitura de Mariana, na Região Central do estado. Os agentes apreenderam documentos e computadores, que, segundo a PCMG, podem confirmar fraudes em concessão de licenças ambientais pelo Executivo.
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Prefeitura de Mariana é alvo de operação contra mineração irregularSeguro bilionário contratado pela Samarco mobiliza atingidos pela tragédia de Mariana Tragédia de Mariana: moradores temem perder 'velho Bento' antes de ocupar o novoNovo Bento: por que vítimas da tragédia de Mariana reclamam da 'terra prometida'A operação teve início em 23 de maio deste ano, em quatro cidades: Barão de Cocais, Belo Horizonte, Mariana e Santa Bárbara. Foram cumpridos três mandados de prisão temporária e cinco de busca e apreensão. A empresa suspeita cometer os crimes de extração de minério de ferro, falsidade ideológica em documento ambiental, intervenção em Área de Preservação Permanente (APA) e associação criminosa é a Transthomasi Mineração.
Já a segunda etapa da Curupira aconteceu em 27 de agosto
. Em nota enviada à reportagem, o prefeito Duarte Eustáquio Júnior (Cidadania) se defendeu: “Nós somos favoráveis a qualquer tipo de investigação, seja pela Polícia Militar, Polícia Civil, pela população ou por Câmara de Vereadores. O nosso governo não tem compromisso com o erro. Já abrimos um processo administrativo para identificar supostas e eventuais falhas dos servidores, sejam eles nomeados ou efetivos. Demos um prazo de até 90 dias para finalizar o processo. Tomaremos as devidas precauções e decisões de acordo com o que for apresentado no processo administrativo. Ressalto que a licença passou pelo crivo do Codema e estamos dando andamento nas ações. Assim que finalizado, seguiremos qualquer recomendação da Justiça”.
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