O resultado da votação da noite dessa quarta-feira na Câmara dos Deputados em que os parlamentares retomaram boa parte pontos polêmicos da minirreforma fez com que o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), fosse alvo de protestos nas redes sociais nesta quinta-feira.
Leia Mais
Grupo de parlamentares pressiona por vetos ao projeto dos partidosCâmara conclui votação de projetos dos partidos e libera gastos com advogados Câmara aprova texto-base do projeto dos partidosExames vão determinar se Bolsonaro participará da Assembleia da ONU
Somados, os dois assuntos movimentaram mais de 140 mil postagens até o final da tarde.
Nas redes sociais, os perfis além de lançar críticas à forma como Maia conduziu a votação ainda pedem uma campanha pedindo o impeachment dele. “Ele não engana, trabalha somente para benefício próprio e dos partidos políticos”, afirmou Claudiomir Ramos.
Outra que semanifestou em sua rede social foi Clara Ilhais que sugeriu manifestações. “Enquanto não colocarmos multidão valendo em BSB (Brasília), não irão nos respeitar”, afirmou.
Parlamentares também fizeram críticas ao texto, mas optaram por não focar as insatisfações em Rodrigo Maia. Nestes casos, a opção foi aderir ao pedido para que o presidente vete o texto.
Na mesma linha, o outro parlamentar do Novo, Gilson Marques classificou a votação de ontem como “afronta à democracia” e pediu o veto. “Os deputados aprovaram ontem o texto da Câmara, para a Lei Eleitoral, que havia sido vetado pelo Senado, indo contra os anseios da população que deveriam representar. Agora só nós resta esperar que o Presidente da República vete este absurdo!”.
O senador Álvaro Dias (Podemos/PR) ainda cutucou os colegas da Câmara.
Entre os pontos aprovados, estão a possibilidade de que partidos usem verbas do fundo eleitoral para pagar advogados, multas e para comprar ou alugar bens móveis e imóveis. Os valores também poderão ser destinados à construção de sedes e realização de reformas.
O projeto aprovado também traz de volta dispositivos que foram criticados por facilitarem a prática de caixa 2, como a permissão para que despesas com honorários advocatícios e de consultoria de contabilidade decorrentes de “interesses de candidato ou partido” não estejam sujeitas ao limite de gastos de campanha. Hoje, esses valores entram na conta.
Além disso, o texto mantém a anistia a multas aplicadas aos partidos em casos de processos cujos julgamentos ainda estejam pendentes na Justiça Eleitoral.
Ainda nessa quarta-feira, Antes mesmo da votação, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), negou que a rejeição de pontos do texto pelo Senado pudesse ser vista como uma traição. Ele lembrou que o sistema é bicameral: “uma Casa vota, outra revisa”.
.