O PT de São Paulo vai usar a escolha dos 82 candidatos a vereador que disputarão a eleição municipal do ano que vem para tentar atrair setores da esquerda afastados do partido devido à estrutura burocrática que ocupa todos os espaços da legenda. Na busca por mais jovens filiados e de ampliação do campo de influência, a legenda cogita aceitar até mandatos coletivos na eleição do ano que vem.
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Gleisi: filiados ao PT que venceram Mega-Sena não precisam dar dízimo ao partidoPT diz que vencedores da Mega-Sena vão dividir prêmio com copeiras'Bolão' da liderança do PT leva prêmio de R$ 120 milhões da Mega-SenaA ideia é dedicar parte das 82 vagas na chapa de vereadores a influenciadores digitais, youtubers e jovens integrantes do movimento hip hop. Ribeiro não vai ser o primeiro dirigente do partido a tentar esta aproximação. Outros que vieram antes dele esbarraram na burocracia do partido que ocupa todos os espaços de participação e impede a entrada de novos setores.
Eleito com 70% dos votos em eleição direta realizada no dia 8 para presidir o maior diretório municipal do PT e comandar o partido na eleição para a Prefeitura de São Paulo no ano que vem, Ribeiro, de 36 anos, tem um perfil diferente dos outros petistas que o antecederam no cargo.
Filho de metalúrgico, ele foi criado na Cidade Ademar, periferia da Zona Sul paulistana. Apesar do discurso contra a burocracia, ele mesmo cresceu ocupando espaços na engrenagem partidária.
O primeiro contato com o partido foi na adolescência quando a Prefeitura, sob o comando da então petista Luiza Erundina (hoje deputada pelo PSOL), realizou um mutirão para asfaltar a rua da sua casa.
Depois veio a militância na Pastoral da Juventude da Igreja Católica e finalmente a filiação ao PT. Desde então Ribeiro foi assessor do vereador Alfredinho (PT), integrou a executiva municipal do partido, trabalhou no gabinete de Fernando Haddad na Prefeitura, passou alguns dias no gabinete do ex-deputado e ex-ministro Ricardo Berzoini em Brasília e foi subprefeito de Santo Amaro.
Hoje, formado em Ciências Sociais pela Fesp, trabalha como assessor do deputado estadual Barba (PT) na Assembleia Legislativa.
As prioridades do novo presidente municipal são a ampliação do campo petista. "O PT tem relação com um público muito específico. Igrejas, conselhos, associações de moradores, sindicatos. Esta forma de organização é o que nos dá o que nós temos. Mas isso é limitado."
Perguntado sobre como o PT vai lidar com as novas formas de campanha eleitoral pelas redes sociais, terreno no qual o partido está atrasado em relação ao seus concorrentes, Ribeiro respondeu: "É minha maior preocupação". Segundo ele, as lideranças petistas ainda não entenderam que a forma de fazer campanha eleitoral mudou e teimam em priorizar métodos ultrapassados na hora de definir para onde vão os recursos eleitorais.
"Vamos ter que convencer a base e as lideranças do PT que a campanha não vai poder ser só com papelzinho, plastiquinho e jornal", disse o novo presidente. .