Qual a avaliação que o senhor faz do seu discurso aqui na ONU? O senhor conseguiu passar o recado?
"Nós trabalhamos muito no pronunciamento. Sabemos que tinha que ser contundente, mas não agressivo. Tínhamos que bater em vários pontos, afinal, é uma oportunidade ímpar do Brasil de se apresentar ao mundo, em especial, depois de algumas semanas de muito ataque ao Brasil pela questão da Amazônia. E isso foi potencializado pelo (Emmanuel) Macron, que tinha problema interno no seu país muito grave, porque ele está com uma rejeição nunca vista lá na França, e resolveu tomar para si a agenda ambiental. Olhou para o Brasil e centrou o foco em nós. Teve grande (apoio de) parte da mídia internacional. Nós sabemos que os números dizem exatamente o contrário. A média de focos de incêndio na Amazônia está abaixo dos ultimos 15 anos. E aqui nós podemos demonstrar porque é uma coisa que o povo não conhece. Primeiro que a Floresta Amazônica não pega fogo, ela é úmida. Com um grau de umidade muito grande, o que pega fogo é a periferia que em grande parte é o cabloco, ribeirinho, e o próprio índio. As pessoas fazem isso por questão de cultura e sobrevivência, e tem também, no nosso entendimento, incêndio criminoso".
Confira a íntegra da entrevista na edição impressa do Estado de Minas desta quarta-feira (25/9).