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“Nós vivemos em uma democracia, e o artigo quinto da Constituição Federal é claro. Todos somos iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. Sem distinção de raça, cor, etnia, religião, origem, gênero, pessoa com deficiência”, completou o senador.
“Confesso à vossa excelência que eu não li (a carta). Eu sou um cidadão desse tempo e eu não posso deixar de reconhecer todos os fenômenos sociais e humanos. Respeito muito vossa excelência, tenho amigos e amigas que têm casamento homoafetivo, o casamento como um contrato na contemporaneidade entendido, hoje assim entendido na via jurídica. No mais, os meus respeitos à vossa excelência, à vossa família, aos vossos filhos, que são tão iguais quanto os meus. E nem acredito em ‘cura gay’, me permita complementar”, respondeu.
Após as falas, Aras e o senador se cumprimentaram na mesa da CCJ. Fabiano Contarato é o primeiro senador abertamente gay eleito. O parlamentar é casado, e o casal homoafetivo tem um filho, de cinco anos.
Após a sabatina, que pode ter fim nesta quarta-feira, os senadores votam a indicação de Aras à Procuradoria-Geral da República (ele precisa de 41 votos “sim”, de 81 possíveis). Caso o advogado tenha o positivo do plenário, caberá ao presidente nomeá-lo ao cargo, por meio de um projeto de lei.