O indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) para a Procuradoria-Geral da República, Augusto Aras, foi aprovado depois de sabatina da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado por 26 votos favoráveis e três contrários. Apenas um voto em branco foi registrado na sessão que durou cerca de cinco horas. O nome de Aras agora será submetido à votação no plenário da Casa.
“Talvez, se tivesse lá alguma cabeça branca, talvez dissesse para ele (Dallagnol), para os colegas, jovens como ele, que nós poderíamos fazer tudo como ele fez, mas com menos holofote, com menos ribalta”, declarou Aras.
O subprocurador defendeu estender a estrutura da Lava-Jato para mais Estados no País, mas respeitando o princípio da impessoalidade.
Além disso, após o Congresso derrubar 18 vetos do presidente Jair Bolsonaro à lei do abuso de autoridade, o subprocurador Augusto Aras afirmou que a legislação - após a decisão dos parlamentares - 'pode produzir um bom efeito'. O indicado para o cargo é sabatinado nesta quarta-feira, 25, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.
Em outro momento, Aras ainda se desculpou por ter assinado a carta de teses e princípios da Associação Nacional de Juristas Evagélicos (Anajure) que, entre outras coisas, aborda temas como a "cura gay”. Indagado pelo senador Fabiano Contarato (Rede-ES) ele disse que não defende esse tipo de posicionamento e que teria assinado o documento sem ter conhecimento do teor.
“Confesso à vossa excelência que eu não li (a carta). Eu sou um cidadão desse tempo e eu não posso deixar de reconhecer todos os fenômenos sociais e humanos. Respeito muito vossa excelência, tenho amigos e amigas que têm casamento homoafetivo, o casamento como um contrato na contemporaneidade entendido, hoje assim entendido na via jurídica. No mais, os meus respeitos à vossa excelência, à vossa família, aos vossos filhos, que são tão iguais quanto os meus. E nem acredito em ‘cura gay’, me permita complementar”, respondeu.