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Estado de Minas

Prefeito de Manhumirim é afastado do cargo pela segunda vez em menos de dois meses

Secretário Municipal de Saúde também foi afastado do quadro público


postado em 26/09/2019 16:23 / atualizado em 26/09/2019 16:34

Primeiro afastamento de Luciano Machado do cargo aconteceu em 2 de agosto(foto: Divulgação/Luciano Machado)
Primeiro afastamento de Luciano Machado do cargo aconteceu em 2 de agosto (foto: Divulgação/Luciano Machado)
Depois de atender um pedido liminar apresentado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) em Ação Civil Pública, o Tribunal de Justiça (TJ) determinou o afastamento do prefeito de Manhumirim, Luciano Machado (DEM), do cargo. Esta é a segunda vez que o chefe do Executivo teve o mandato suspenso em menos de dois meses.

Luciano é acusado pela 1ª Promotoria de Justiça de Manhumirim, na Zona da Mata mineira, de ter recebido R$ 80 mil de forma fraudulenta, referentes a bens licitados, comprados, mas não entregues à cidade. Ele também seria responsável pelo desaparecimento de bens relacionados à saúde, no valor de R$ 132.901,16.

O secretário de Saúde, Robson Pereira, também é réu na ação e foi afastado. Segundo o MP, ele organizou os procedimentos licitatórios necessários à aquisição desses bens junto à empresa HSC - Comércios e Serviços, vencedora da licitação e outra ré na investigação.

O primeiro afastamento de Luciano do cargo aconteceu em 2 de agosto deste ano, depois de o MP o acusar de improbidade administrativa. O juiz Rêidric Victor Neiva e Silva ainda determinou bloqueio de bens do prefeito de até R$ 44.454,79, valor equivalente ao prejuízo apurado aos cofres da prefeitura naquela época.

Em 12 de setembro, no entanto, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) suspendeu a liminar que afastava Luciano do cargo de prefeito. No dia 18 deste mês, a nova decisão de afastamento chegou ao gabinete do chefe do Executivo. O vice Betão (PP) assume interinamente.

Também tramita na Câmara Municipal uma denúncia relacionada ao primeiro afastamento do prefeito, que pode levar Luciano Machado a sofrer impeachment. Uma Comissão Processante (CP) analisa o caso desde o início de setembro e é formada pelos vereadores Sérgio Borel (PTB - presidente), Ana Paula (PT - relatora) e Jésus Aguiar (PV - membro).

A reportagem tentou contato com Luciano, Robson e o empresário Horny Souza Cruz, diretor-executivo da HSC, mas não conseguiu retorno.


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