Mendes também pediu que medidas preventivas fossem tomadas para garantir sua segurança. O pedido é sigiloso, já que a investigação corre em segredo de justiça. Não há previsão para uma decisão de Moraes sobre o caso.
As medidas foram requeridas depois que Janot revelou, em entrevista ao jornal Estado de S.Paulo, que em maio de 2017, entrou armado no STF com a intenção de matar Mendes e depois se suicidar. O motivo seria supostas insinuações que Mendes haveria feito sobre a filha do ex-procurador, Letícia Ladeira Monteiro de Barros, que é advogada e foi representante da empreiteira OAS. Sem citar o nome do ministro, o episódio é narrado por Janot em um livro de memórias, ainda não lançado.
As acusações de Mendes teriam sido feitas depois que Janot, então procurador-geral, pediu a suspeição do ministro nos julgamentos sobre o empresário Eike Batista. A mulher de Gilmar, Guiomar Feitosa Mendes, é sócia de um escritório de advocacia que defendeu o empresário.
Depois de deixar a PGR em setembro de 2017, Janot se tornou subprocurador da República. Ele se aposentou do cargo em maio desse ano e hoje atua como advogado.
A Lei Orgânica Nacional do Ministério Público permite que os membros do Ministério Público andem armados. Mesmo aposentado, Janot conserva a prerrogativa do porte de arma.
*Sob supervisão da sub-editora Ellen Cristie