Depois de nove meses de ajustes e debates sobre os planos do Governo de Minas Gerais para adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) da União, os projetos finalmente chegarão à Assembleia Legislativa (ALMG). É o que disse o governador Romeu Zema (Novo), na tarde desta sexta-feira, que revelou o envio das propostas à Casa “nas próximas semanas”. O chefe do Executivo mineiro ainda espera contar com a parceria dos 56 deputados.
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“Se essa reforma não for feita agora, será feita daqui um, dois anos. Não há como ir contra a realidade dos fatos, e nesse meio tempo esse ‘tumor’ só vai se fazer crescer. E quem deixa para operar tumor em estado mais avançado, a cirurgia é mais perigosa, invasiva e tem recuperação mais lenta. Vamos estar trabalhando junto da Assembleia, os deputados têm sido nossos parceiros nas emendas, a qual eu agradeço muito”, completou o governador de Minas Gerais.
No relatório do Tesouro Nacional feito sobre os critérios para a adesão de Minas Gerais ao RRF da União, estão previstas algumas ações por parte do estado. São elas: privatizações da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), da Companhia de Saneamento (Copasa) e da Companhia de Desenvolvimento Econômico (Codemig); reajuste da contribuição previdenciária, de 11% para 14%; e congelamento no salário dos servidores públicos.