O subprocurador-geral da República Moacir Guimarães Morais Filho pediu nessa sexta-feira, 27, que o Conselho Nacional do Ministério Público analise a conduta do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot depois das polêmicas declarações em que ele afirma ter planejado assassinar a tiros o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes.
O subprocurador afirma que Janot, prestes a lançar um livro de memórias, tenta "sair do ostracismo", com acusações "supostamente falaciosas" contra Gilmar Mendes, pretendendo angariar com isso, lucro na venda do livro.
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Membros do Ministério Público Federal (MPF) ouvidos reservadamente pela reportagem, no entanto, avaliam que o Conselho Nacional do MP não poderia cassar a aposentadoria de Janot. Para uma fonte, a aposentadoria foi um "ato legal, perfeito e acabado", ou seja, não poderia ser revogada. Um conselheiro afirmou também duvidar dessa possibilidade.
Desafeto
Dentro do MPF, Moacir é considerado desafeto de Janot. No ano passado, a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) condenou o subprocurador por usar a estrutura do MPF para resolver questões pessoais.
Moacir foi condenado por usar papéis timbrados do MPF para acionar a Receita Federal e a Polícia Federal contra um condomínio e uma empresa administradora. Na época, Moacir acusou Janot de ter reaberto o caso por ser seu "inimigo" e agir motivado por "vingança"..