Jornal Estado de Minas

Dinheiro do nióbio deve chegar ao caixa de Minas Gerais somente ano que vem


Não vai ser com o dinheiro do nióbio que o governo mineiro vai conseguir quitar o décimo-terceiro salário dos servidores público e voltar a pagar os contracheques no quinto dia útil. O governador Romeu Zema (Novo) afirmou nesta terça-feira que somente no início do ano que vem o Executivo deverá conseguir firmar a operação financeira para antecipar dinheiro referente a recebíveis da Codemig pela exploração do mineral em Araxá, no Alto Paranaíba.
 


A ideia é promover um leilão junto a instituições financeiras, o que renderá aos cofres públicos algo entre R$ 4 bilhões e R$ 5 bilhões – dinheiro suficiente para quitar a folha de pessoal, que chega a R$ 3,4 bilhões, incluindo servidores da ativa, aposentados e pensionistas. Até então, a estimativa do governo era conseguir o dinheiro até o mês que vem.

“Todo empenho está sendo feito, mas quando se diz respeito a operações financeiras, você sempre tem um senão que é a questão das instituições financeiras, vai ser uma operação muito grande, assumirem um certo nível de risco. Nós temos tudo para deixar essa operação extremamente segura, isso significa menores taxas para o estado e também a maior facilidade na concessão de crédito”, afirmou o governador, durante solenidade de apresentação da nova marca de Minas, no Palácio da Liberdade.

No mês passado, o vice-governador Paulo Brant (Novo) havia informado, até novembro, a contratação de  empréstimo com uma instituição bancária, tendo como garantia do crédito os recebíveis da Codemig. A operação será por meio de um leilão e com um deságio pequeno, uma vez que a operação é classificada de baixo risco.

A ação é uma forma de assegurar recursos em caixa, já que são pequenas as chances de o governo ver aprovados na Assembleia Legislativa, ainda este ano, os projetos de ajuste fiscal – apontados como a salvação para os problemas financeiros do caixa estadual.

A aprovação dos projetos é necessária para adequar a legislação mineira às regras impostas pela União para a adesão de Minas Gerais ao ajuste fiscal. A última previsão de envio dos textos à Assembleia era final de setembro, prazo que não foi cumprindo.


Os textos incluem medidas impopulares, como a privatização de estatais e o reajuste na contribuição previdenciária dos servidores dos atuais 11% para 14% do salário.

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