O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, disse nesta quinta-feira, 3, que condutas individuais desviantes "não têm e não terão o condão de macular a dignidade e a grandeza" do Ministério Público.
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Toffoli suspende exoneração de quase 2 mil servidores de Barueri (SP)'Se existe combate à corrupção, é graças a este STF', diz ToffoliToffoli pede informações a Barroso sobre operação da PF no SenadoEm evento vazio, Janot autografa livro e se recusa a falar sobre plano para matar GilmarMinistros do STF resistem a reforçar segurança pessoal após fala de JanotIbaneis e Renan Calheiros pedem à OAB cassação da carteira de advogado de Janot"O Poder Judiciário e instituições essenciais à função jurisdicional - Ministério Público, advocacia pública, advocacia privada e defensorias públicas - despontam fortalecidas e atuantes, como nunca antes em nossa história. Tais instituições têm existência e trajetória autônomas em relação às trajetórias individuais das pessoas que as compõem ou compuseram", afirmou Toffoli.
"As pessoas passam. As instituições permanecem. Portanto, condutas individuais desviantes não têm e não terão o condão de macular a dignidade e a grandeza dessas instituições. Tampouco nos desviarão do caminho de contínuo fortalecimento da institucionalidade em detrimento da pessoalidade."
Ao se dirigir diretamente a Aras, o presidente do Supremo afirmou que o novo procurador-geral da República "saberá corrigir eventuais desvios e excessos" à frente do Conselho Nacional do Ministério Público, órgão responsável por fiscalizar a conduta de procuradores.
Para Toffoli, Aras possui um perfil "ponderado, conciliador e aberto ao diálogo", "características essenciais ao comando das instituições democráticas".
Retaliação
No mês passado, sete conselheiros do CNMP votaram a favor da abertura de um processo administrativo disciplinar contra o coordenador da força-tarefa da Operação Lava-Jato, Deltan Dallagnol. Segundo a reportagem apurou, o colegiado deve formar maioria na próxima sessão e acolher pedido do senador Renan Calheiros (MDB-AL) para que o órgão investigue Deltan.
A reclamação do emedebista ao colegiado envolve declarações do coordenador da força-tarefa do Paraná contra sua candidatura à presidência do Senado.
No mês passado, o Senado retaliou o Ministério Público e barrou a recondução dos conselheiros Lauro Machado Nogueira e Dermeval Farias Gomes Filho, considerados alinhados à Lava Jato. Os dois votaram contra a abertura do processo contra Deltan.
Em entrevista, Augusto Aras disse que "o procurador que porventura tiver violado a lei tem que responder". "A casa tem de cumprir seu dever dentro e fora, não é só na rua.