O presidente Jair Bolsonaro e o governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB), que estão com as relações estremecidas, dividiram nesta sexta-feira, 11, o mesmo palco durante cerimônia de formatura de sargentos da Escola de Sargentos da Policia Militar do Estado de São Paulo, no Sambódromo, na zona Norte de São Paulo.
Mas foi a plateia, formada por cerca de 12 mil pessoas, segundo a Polícia Militar, que vocalizou as divergências entre os dois mandatários. Enquanto Bolsonaro era ovacionado a cada vez que tinha seu nome anunciado pelo serviço de som do Sambódromo, Doria era vaiado.
Dirigindo-se ao Alto Comando da Policia Militar do Estado de São Paulo e aos formandos, Bolsonaro disse ser o primeiro presidente a valorizar as Forças Armadas e as polícias brasileiras. Disse que foram as duas instituições "que impediram os comunistas de tomarem o Brasil". "A esquerda foi vencida. Eles perderam", discursou Bolsonaro para o delírio da plateia.
Durante sua fala, Doria citou várias vezes o nome de Bolsonaro e disse que o "Estado de São Paulo não faz oposição ao Brasil" e que, antes, apoia todo e qualquer projeto do governo federal "bom para o País. "Aqui presidente Bolsonaro, tem esforço, tem trabalho e tem governo", disse.
Antes dos discursos, Bolsonaro repetiu a quebra de protocolo que fez em Brasília na Parada Cívica de 7 de Setembro. Desceu do palanque montado para as autoridades políticas e militares e andou entre os 697 formandos, familiares e padrinhos de formaturas dos sargentos. Doria agradeceu a presença de Bolsonaro e disse que São Paulo tem a melhor polícia do País.
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