A Câmara Municipal de Borda da Mata, no Sul de Minas, rejeitou o projeto de lei que pretendia igualar o salário dos parlamentares ao salário dos professores da rede municipal. O placar da votação foi de três votos a favor e oito contra.
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Projeto de lei iguala salário de vereador ao de professor em cidade do Sul de MinasCâmara de São Sebastião do Oeste quer reduzir salário de prefeito, vice e vereadoresCâmara de Nova Serrana encerra mês no vermelho e anuncia 'cortes drásticos'Projeto de iniciativa popular sugere baixar salários de vereadoresAbaixo-assinado propõe que vereadores de Reduto passem a ganhar um salário mínimo Denúncias que podem levar à cassação de vereador se arrastam há quase um anoA autora do PL justifica que “enquanto um vereador trabalha duas vezes por mês, um professor precisa cumprir carga horária semanal e ainda ganha valor inferior de um vereador. Porque um vereador pode ganhar mais que um professor?”, questiona.
Os vereadores da cidade têm duas sessões ordinárias por mês. Cada reunião dura, em média, 30 minutos. O salário mensal de cada parlamentar é de R$ 3.061,80. Já um professor de ensino fundamental da cidade trabalha 25 horas semanais, ou seja, cerca de 100 horas por mês, e tem um salário base de R$ 1.598,58.
Os vereadores da cidade têm duas sessões ordinárias por mês. Cada reunião dura, em média, 30 minutos. O salário mensal de cada parlamentar é de R$ 3.061,80. Já um professor de ensino fundamental da cidade trabalha 25 horas semanais, ou seja, cerca de 100 horas por mês, e tem um salário base de R$ 1.598,58.
Pressão Mesmo com a pressão da população o projeto não passou. A Câmara, que costuma ficar vazia em dia de sessão ordinária, ficou lotada na sexta-feira passada, quando foi realizada a votação. Moradores levaram faixas e se manifestaram, pedindo a aprovação do projeto. Mas, não adiantou.
Até o presidente do Legislativo, Benedito Delfino de Mira (PSDB), que votaria apenas em caso de empate, fez questão de se manifestar contra a proposta de igualar os salários – diferentemente do que disse à reportagem no mês passado, quando se colocou a favor de que os vereadores sejam remunerados pelo dia trabalhado. “Meu pai foi vereador 50 anos atrás. Naquela época, eles só recebiam o dia de serviço. Eu era a favor de que, cada reunião que fosse, poder ganhar R$ 100, que é o dia de serviço, e pronto”, disse.
Se fosse aprovada a redução do salário dos vereadores, a economia para os cofres do município seria de mais de R$ 200 mil ao ano. “Seria uma economia muito grande. No tempo de crise, a gente tem que fazer a nossa parte também”, disse a autora da proposta, vereadora Marcela Monteiro. (Magson Gomes, especial para o EM)