O grupo de parlamentares do PSL que pede uma audiência nas contas do partido vê na operação da Polícia Federal, que tem como alvo o presidente da legenda Luciano Bivar (PE), uma oportunidade para a dissidência crescer e reforçar sua permanência na sigla. O grupo tem se reunido em Brasília e partilha suas ideias em um grupo de WhatsApp paralelo. Entre eles, estão os parlamentares que podem ser expulsos do partido, como Carla Zambelli (SP), Bibo Nunes (RS) e Alê Silva (MG).
"A operação reforça o que estamos pedindo, que é a transparência nas contas do partido, e abre espaço para mais parlamentares virem para nosso grupo", disse Carla Zambelli ao Broadcast Político. Ela acredita que ao menos dez novos devem se juntar a eles.
Carla afirma ainda que o grupo está mais organizado e que, neste momento, a estratégia é se manter no PSL. Eles querem que o presidente Jair Bolsonaro faça parte da Executiva Nacional do partido.
O grupo divulgou uma carta na semana passada em desagravo ao presidente, principal nome da sigla, mas que discute a possibilidade de deixar a legenda. O documento cobra "novas práticas" da atual direção da sigla, comandada pelo deputado Luciano Bivar (PE), e diz que a ala bolsonarista da bancada "não perdeu a esperança" de que seja aberto um "canal de diálogo".
A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta terça-feira, 15, a Operação Guinhol para apurar supostas fraudes na aplicação de recursos destinados a candidaturas femininas em Pernambuco. O deputado federal Luciano Bivar (PE) está entre os alvos da ação, que cumpre nove mandados de busca expedidos pelo Tribunal Regional Eleitoral do Estado (TRE-PE).
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