Jornal Estado de Minas

Pesquisa: 47,7% rejeitam privatização da Cemig e 45,9% venda da Copasa

Uma pesquisa realizada pela Associação Mineira de Municípios (AMM), em parceria com a MDA Pesquisa, mostra que a maior parte do povo mineiro é contra as privatizações da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa). O levantamento, que ouviu 1.500 pessoas em um total de 227 cidades mineiras, foi realizado entre 23 e 27 de setembro e tem margem de erro de 2,5 pontos percentuais. Os números foram divulgados na tarde desta quarta-feira.





Os números mostram que 47,7% dos entrevistados são contrários à venda da Cemig, enquanto 36,2% são favoráveis e 16,1% não sabem ou não responderam.

Por outro lado, a privatização da Copasa é mais aceita pela população. A pesquisa aferiu que 37,4% são a favor da venda da companhia de saneamento, enquanto a maior parte (45,9%) é contra. Dos entrevistados, 16,7% não sabem ou não responderam a pergunta.

A privatização de estatais é uma das principais ideias do governador Romeu Zema (Novo) no cargo. A venda dessas empresas faz parte do plano de recuperação fiscal do chefe do Executivo para o estado, que tem um déficit previsto em orçamento de R$ 13,2 bilhões para 2020.





A Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) foi a primeira das estatais a entrar no processo de privatização. Na última quarta, Zema encaminhou à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) o projeto que trata da privatização da empresa, detentora do direito da exploração de uma jazida de nióbio em Araxá, na Região do Alto Paranaíba.

A pesquisa


Essa foi a primeira pesquisa de opinião realizada pela AMM, que pretende seguir com esses levantamentos. Marcelo Souza, diretor da MDA Pesquisa, explicou a metodologia utilizada.
 
“Essa pesquisa tem todo um controle por região de planejamento, porte de municípios, questões socioeconômica, de uma forma para a gente conseguir uma amostragem que, de fato, existem em Minas Gerais. Foram 1.500 entrevistas por telefone, a partir de uma base de pessoas que a gente já entrevistou, e conseguimos refletir de forma fiel o pensamento do eleitor mineiro”, disse.
 
 

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