Jornal Estado de Minas

PSDB diz que Bolsonaro não é conservador e associa 'bolsonarismo' a 'radicalismo de esquerda'

O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) divulgou, na tarde desta quinta-feira, um comunicado nas redes sociais em que critica o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e associa as ideias do governante com o “radicalismo de esquerda”. A nota do partido, presidido pelo ex-deputado federal Bruno Araújo, não é assinada por nenhum membro da legenda.

A nota também diz que “Bolsonaro não é conservador” e ataca algumas atitudes do presidente, com apoio a ditaduras e perseguição à imprensa. Nas eleições de 2018, o candidato do PSDB batido pelo presidente eleito foi Geraldo Alckmin, ex-governador de São Paulo.

O comunicado do PSDB foi publicado um dia depois de uma crise “explodir” no PSL, partido de Bolsonaro. O chefe do Executivo queria mudar a liderança da bancada na Câmara dos Deputados, substituindo Delegado Waldir pelo filho Eduardo Bolsonaro, o que não se concretizou. Entretanto, as desavenças no partido vêm de outros momentos.

Em 8 de outubro, Bolsonaro externou a crise no partido ao pedir a um militante que “esquecesse o PSL” e dizer que o deputado federal Luciano Bivar, presidente da legenda, estava “queimado para caramba”. Desde então, a sigla está rachada em grupos pró-Bivar, que ameaça até expulsão de dissidentes, e pró-Bolsonaro, que avalia uma forma de deixar o partido sem abrir mão de mandato e dinheiro do fundo partidário.

“Eu não tenho falado nada do PSL. Zero. Zero.
Zero. O tempo todo fofoca, que estou elegendo traidores para lá, para cá. O partido está com a oportunidade de se unir na transparência”, declarou o presidente, na ocasião. “Devo ao partido, sim, minha eleição. Sei que tinha outros partidos à disposição, mas a briga não é essa”, finalizou. 
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