Jornal Estado de Minas

Em live, Bolsonaro ignora crise no PSL e defende segurança e economia

O presidente Jair Bolsonaro não comentou na live semanal desta quinta feira (17) sobre a crise interna no próprio partido, o PSL. Em vez disso, ao lado do dono das Lojas Havan, Luciano Hang, o presidente defendeu a atuação das áreas de segurança e econômica do governo. Bolsonaro gravou de Florianópolis-SC, onde esteve em uma aula inagural da Academia Nacional da Polícia Rodoviária Federal (ANPRF). Logo no começo da fala, o presidente afrimou que Santa Catarina é o estado que mais tem porte de armas e clubes de tiro, e por isso seria o que tem a "menor violência".

 

Depois disso, o presidente afirmou que o número de roubos de carga reduziu 40% em 2019. "Tem que buscar o zero", disse. Hoje, durante uma audiência pública da Comissão Especial do Plano Estadual de Segurança Pública e Defesa Social da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), um relatório informou que o número de cargas roubadas dos Correios no estado do Rio reduziu em 40%. Bolsonaro disse acreditar que esse número reduzirá ainda mais se for aprovada a mudança na legislação do excludente de ilicitude, como defende a pacote anticrime do ministro Sérgio Moro.

 

Bolsonaro também citou a redução em 22% no número de mortes violentas em setembro em relação ao mesmo período de 2018. Ele atribuiu a queda aos governadores "que estão fazendo sua parte" e a uma mudança no legislativo.

Segundo o presidente, o Congresso Nacional "antes se preocupava muito com direitos humanos. Direitos Humanos de quem? De bandido?"

 

Em seguida, Bolsonaro exaltou a atuação da área econômica. Especialmente em relação à inflação abaixo da meta e a taxa básica de juros (Selic) de 5,5%. O presidente disse que, de acordo com um cálculo do governo, a cada ponto percentual reduzido na Selic, R$ 27 bilhões deixam de ser usados para pagar a dívida pública. 

 

A assinatura da MP que garante o 13º do Bolsa Família também foi citada na live. Bolsonaro afirmou que o pagamento será efetuado em todos os anos, e não apenas em dezembro deste ano. 

 

Outro assunto do vídeo foi a questão ambiental. O presidente definiu as declarações da comunidade internacional sobre os incêndios na Amazônia como "campanha difamatória contra o Brasil". Segundo Bolsonaro, líderes como o presidente francês Emmanuel Macron querem mudar a demarcação de terras indígenas no Brasil.

Para defender essa tese, Bolsonaro disse que "o índio não faz lobby, não tem dinheiro, não fala nossa língua, raramente vai andar de avião".

 

Por fim, Bolsonaro comentou sobre as manchas de óleo no litoral nordestino: "já estão querendo colocar a culpa no governo". O presidente não chegou a culpar a Venezuela sobre os derramamentos, mas afirmou que o país "transporta de forma clandestina" o petróleo. "A esquerda (está) quieta. Qual o medo deles? De ficar provado que é um governo que eles apoiam", afirmou. 

 

*Estagiário sob supervisão da editora Vera Schmitz 

 

.