Em seu primeiro ato como novo líder do PSL na Câmara, o deputado Eduardo Bolsonaro (SP) determinou o desligamento de todos os 12 vice-líderes do partido na Casa nesta segunda-feira, 21. Eduardo foi confirmado no cargo na manhã desta segunda após receber o apoio de 28 dos 53 parlamentares da legenda - a lista original tinha 29 nomes, mas um não foi aceito pela Secretaria-Geral da Mesa.
A maioria dos deputados que perdeu a função de vice-líder é da ala do partido ligada ao presidente da sigla, Luciano Bivar (PSL-PE). Os vices são responsáveis por substituir o líder quando necessário.
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Deputados do PSL vão ao STF para barrar suspensãoJoice estuda acionar filhos de Bolsonaro na Justiça e em Conselho de ÉticaBolsonaro: Nestor Forster pode ser indicado para embaixada, caso Eduardo desistaMais cedo, ao tratar da disputa na bancada, Eduardo adotou cautela e evitou falar como líder. "Está sendo protocolada uma sucessão de listas, vamos esperar para ver como é que vai isso daí. Uma hora os deputados vão parar de assinar uma lista ou outra", disse ele ao deixar a Câmara.
Ele também negou que houvesse qualquer acordo para pacificar o partido, como aliados de Bivar chegaram a afirmar.
O documento que teve as assinaturas necessárias para levar Eduardo à liderança foi o terceiro apresentado pela ala do partido ligada a Bolsonaro. Na semana passada, uma guerra de listas acabou com uma derrota para o grupo "bolsonarista" da bancada e Delegado Waldir foi mantido no posto.
Isso porque a Câmara não reconheceu algumas das assinaturas no documento pró-Eduardo.
Na ocasião, ao ser mantido na liderança, Waldir retirou cargos de deputados ligados a Bolsonaro em comissões. Cinco parlamentaras tiveram suas funções partidárias suspensas. Foram suspensos os deputados Alê Silva (MG), Carla Zambelli (SP), Filipe Barros (PR), Carlos Jordy (RJ) e Bibo Nunes (RS) - todos da ala "bolsonarista". Eles estão afastados de suas funções partidárias, como ocupar cargos em comissões da Câmara ou diretórios da legenda..