Para atender ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) e garantir a continuidade da negociação para Minas aderir ao regime de recuperação fiscal que lhe dará socorro financeiro, o governo de Minas fará dois "orçamentos" para o ano que vem.
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TCE manda Zema tirar aposentados da conta de pessoal e põe em risco ajuste fiscal Dívida do governo Zema está projetada em R$ 230 bilhões ao final de quatro anos Governo de MG e TCE marcam reunião para discutir novo cálculo de pessoalGoverno Bolsonaro: previsão de gastos e receitas para 2020 será conhecida esta semana"Vamos fazer duas metodologias. Se você vender para os Estados Unidos, vende em polegadas, aqui você vende em metro. Então, vamos fazer as duas metodologias para atender a ambos os critérios", afirmou Zema.
Regra editada pelo TCE no último dia 15 de outubro obriga o estado a tirar o déficit previdenciário, que é a conta do gasto com aposentados e pensionistas, dos gastos com pessoal considerados para cumprimento do limite fixado pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Com isso, o Executivo Mineiro deixa de comprometer 60,66% da receita e passa a ter um percentual de 43%, abaixo do teto de 49%.
O excesso de gastos é um dos critérios para Minas poder aderir ao regime que lhe permitirá receber socorro financeiro da União. Questionado sobre o possível risco apontado por suas lideranças no Legislativo, o governador disse acreditar que não vai haver problemas.
Zema defendeu a metodologia adotada pelo Tesouro Nacional, que é mais conservadora e, para ele, "deveria prevalecer em todo o Brasil". "O que o TCE fez, de mudar a regra, não vai nos prejudicar em nenhuma questão. Vamos fazer o critério do TCE e falar 'aqui é um critério que já levou Minas à falência, queremos usar o critério do Tesouro Nacional'. Mas vamos acatar plenamente as orientações do TCE, porque é um órgão soberano", disse.