O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, fez um apelo aos colegas para encurtarem os votos no julgamento sobre a possibilidade de prisão após condenação em segunda instância, segundo apurou o Estado/Broadcast. O objetivo de Toffoli é garantir maior fluidez e ritmo às discussões, garantindo que a análise do tema seja concluída até esta quinta-feira, 24.
Leia Mais
'Quem defende o direito à vida das vítimas?', questiona advogado-geral da UniãoAO VIVO: STF julga a prisão após condenação em segunda instânciaMarco Aurélio vota contra prisão após condenação em segunda instânciaCom três votos favoráveis e um contrário, julgamento de prisão em segunda instância é suspenso no STFApesar de integrantes do STF prometerem fazer votos curtos no julgamento da prisão após segunda instância, a maioria acredita que isso não será suficiente para concluir o julgamento ainda esta quarta-feira. "Combinaram com o Celso?", indagou um ministro, em referência aos longos votos do decano.
Um dos receios dentro do Supremo é que a discussão da execução antecipada de pena não seja concluída nem mesmo na quinta-feira. Nesse cenário, um outro problema surgiria: como o STF não fará sessões plenárias na próxima semana, o julgamento só seria retomado em 6 de novembro.
Dessa forma, a demora do tribunal para concluir o julgamento das ações poderia abrir espaço para o surgimento de novas mobilizações e mais pressões contra o tribunal.
Conforme informou o jornal O Estado de S. Paulo nessa terça-feira, 22, o STF tem sofrido pressões para não derrubar a possibilidade de prisão após condenação em segunda instância. A intimidação mais agressiva vem de caminhoneiros bolsonaristas, que gravaram vídeos ameaçando novas paralisações caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva saia da cadeia.
"Eu recebi no WhatsApp que se estaria reforçando a rampa do Supremo, que teríamos caminhão subindo a rampa. A visão que tenho sobre o tema em discussão é desde sempre", disse Marco Aurélio na sessão da manhã desta quarta-feira..