Nem mesmo a presença do novo líder do PSL, o deputado Eduardo Bolsonaro (SP), evitou uma nova derrota do governo na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Fake News.
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Eduardo Bolsonaro desiste, e Forster é cotado para embaixadaBolsonaro parabeniza Eduardo por decisão de continuar como líder do PSL na CâmaraEduardo Bolsonaro desiste de ser embaixador nos Estados UnidosBolsonaro vê risco para Mercosul e ameaça isolar Argentina do blocoO termo é usado internamente no governo para se referir ao núcleo composto pelos assessores da Presidência Tércio Arnaud Tomaz, José Matheus Sales Gomes e Mateus Matos Diniz, como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo no mês passado. Os três foram convocados, o que significa que serão obrigados a comparecer à CPI. Ainda não há data para que isso ocorra.
Defensor da pauta de costumes, o grupo é ligado ao vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PSC), filho do presidente, responsável pela estratégia de comunicação da campanha do pai no ano passado. Entre as funções que o grupo exerce no governo está a atualização das redes sociais da Presidência da República.
A comissão investiga a disseminação de notícias falsas nas eleições de 2018. Adversários tentam usar a CPI para encontrar irregularidades na campanha que elegeu Bolsonaro.
A oposição tem levado larga vantagem na comissão.
CPI também chama ex-aliados
Na reunião desta quarta-feira, a CPI também aprovou ouvir ex-aliados de Bolsonaro. Entre eles o ex-ministro da Secretaria de Governo Carlos Alberto dos Santos Cruz, demitido após entrar em confronto com Carlos Bolsonaro. Ele foi convidado, então pode escolher se aceita falar aos parlamentares.
A oposição conseguiu ainda chamar a ex-líder do governo no Congresso, a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), e o ex-líder do PSL na Câmara Delegado Waldir (GO). Joice acusou os filhos de Bolsonaro - de comandarem uma rede de 1,5 mil perfis falsos para disseminação de notícias falsas. As declarações foram dadas na segunda-feira, 21, ao programa Roda Viva, da TV Cultura.
Ainda foram chamados a dar explicações os empresários Luciano Hang e Otávio Oscar Fakhoury, apoiadores da campanha do presidente.
Parlamentares discutem convocar Carlos Bolsonaro
Parlamentares chegaram a discutir durante a sessão se convocariam Carlos Bolsonaro para prestar depoimento à CPI.
"Se quiserem chamar o Carlos que chamem. Para mim é indiferente. Seria até bom porque ele falaria umas verdades", afirmou o deputado Eduardo Bolsonaro.
O próprio Carlos sinalizou que pode ir à CPI. "Vamos lá falar umas verdades a estes porcarias!", postou no Twitter ao comentar uma notícia sobre o assunto.
Comandada por Eduardo, a bancada governista tentou votar em bloco os 96 requerimentos para incluir na lista de convocados os ex-presidentes Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva. A manobra foi rejeitada por 12 a 9. Contudo, eles conseguiram aprovar a convocação da deputada Gleisi Hoffmann (PT-SP), presidente nacional do PT.
PSOL pede investigação sobre fake news
O PSOL entrou com uma representação na Procuradoria-Geral da República para investigar a disseminação de notícias falsas nas redes sociais.
A representação pede abertura de investigação e os depoimentos dos deputados Alexandre Frota (PSDB-SP), Joice Hasselmann e Delegado Waldir, que nos últimos dias fizeram declarações públicas sobre a existência de grupos dentro do Palácio do Planalto para disseminar notícias falsas..