O relator da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, votou nesta quarta-feira, 23, a favor da possibilidade de prisão após condenação em segunda instância. A medida é considerada um dos pilares da Lava-Jato no combate à impunidade.
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Defesa de Lula vai à Justiça contra semiaberto que Lava-Jato pediuLava-Jato de SP recorre após denúncia contra Lula e Frei Chico ser rejeitadaConquistas da Lava-Jato 'são boas para autoestima do brasileiro', diz MoroAlcolumbre assume Presidência e fala em 'responsabilidade com o povo brasileiro'O relator das três ações analisadas pelo plenário do STF, ministro Marco Aurélio Mello, se posicionou contra a medida, sob o argumento de que a prisão só deve ocorrer após o esgotamento de todos os recursos (trânsito em julgado).
"É inviável sustentar que toda e qualquer prisão só pode ter o cumprimento iniciado quando o último recurso da última Corte constitucional seja analisado", disse Fachin, destacando que do julgamento "não haverá declaração de inocência de quem quer que seja".
"Não desconsidero que o atual sistema prisional brasileiro constitui um verdadeiro estado de coisas inconstitucional (quadro insuportável e permanente de violação de direitos fundamentais a exigir intervenção do Poder Judiciário), mas essa inconstitucionalidade não diz respeito à prisão, mas a toda e qualquer modalidade de encarceramento", observou..