"Se a prova não está em jogo, a presunção de inocência não é desafiada", afirmou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, em seu voto pela manutenção do entendimento de que a execução da pena pode ocorrer após esgotados os recursos à segunda instância. Em julgamento, nesta quarta-feira, 23, o ministro ajudou a compor o placar provisório de 3 a 1 pela prisão em segundo grau.
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Barroso vota a favor da prisão após condenação em 2ª instância; placar é de 3 a 1Com três votos favoráveis e um contrário, julgamento de prisão em segunda instância é suspenso no STFMoraes: 71% dos ministros do STF desde 1988 foram a favor da prisão em 2º grauToffoli: Se julgamento sobre 2ª instância não acabar amanhã, continua em novembroO ministro ressalta que "a presunção de inocência, quando estabelece um standard de prova, só tem aplicação nas fases em que a prova é objeto de exame por parte das autoridades do Estado".
"Conquanto se invoque o princípio da presunção de inocência, resta evidente que essa presunção não pode desconstituir a presunção de legalidade da atuação dos Tribunais inferiores. Não há sistema jurídico que sobreviva a uma presunção geral de ilegalidade, ainda que para beneficiar o réu, ainda que no limitado âmbito do direito penal", anota..