Vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) foi ao Twitter na manhã desta quarta-feira para defender o pai e presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). O parlamentar atacou a TV Globo, que apurou que o porteiro do condomínio onde Jair Bolsonaro residia disse que a entrada do ex-policial militar Élcio de Queiroz teria sido liberada por alguém (“seu Jair”, segundo apuração da TV Globo) que estava na casa do então deputado federal no dia do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ), em 14 de março de 2018. Carlos exibiu supostos áudios que desmentem a informação, publicada pela emissora na noite dessa terça-feira, durante o Jornal Nacional.
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Doria defende que caso Marielle seja investigado no STF após citação a Bolsonaro'Não dá para derrubar o governo, mas perturba', diz Mourão sobre caso envolvendo Bolsonaro e MarielleBolsonaro refuta ligação com caso Marielle e diz haver conluio contra eleContas de Carlos Bolsonaro no Twitter, Facebook e Instagram somem das redes sociaisMoro aciona PGR para inquérito do MPF e da PF por citação de Bolsonaro em caso MarielleCarlos continuou: “Nos registros, é mostrado que às 17:13, uma solicitação de entrada foi feita por uma pessoa de nome Élcio para a casa 65. Nem antes, nem depois dessa ligação há tentativa de contato com Bolsonaro”.
Por fim, o vereador atacou a Globo: “O nível de canalhice demonstrado pelos autores da matéria lixo exibida no Jornal Nacional é inadmissível! Os fatos foram deixados de lado para que ficasse no ar a suspeita. Nem eu imaginava que poderiam ser tão imundos! Lixos enganadores!”. Carlos também explica que teve acesso aos áudios pois é morador da casa 36 do condomínio.
O presidente também disse estar à disposição para falar com a polícia na investigação sobre a morte de Marielle. "Eu gostaria muito de falar neste processo, conversar com esse delegado", disse. Bolsonaro afirmou que, "pelo que tudo indica", o processo sobre a morte de Marielle está "bichado" e pediu ao Conselho Nacional do Ministério Público que "supervisione o processo".
Bolsonaro também alegou que estava na Câmara dos Deputados, em Brasília, no dia em que Élcio foi ao condomínio. Com a citação pelo porteiro do nome do presidente, representantes do Ministério Público do Rio de Janeiro foram a Brasília em 17 de outubro para fazer consulta ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli. Eles questionaram se podem continuar com investigações, uma vez que o nome de Bolsonaro foi mencionado. Toffoli ainda não respondeu.
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