Em depoimento à CPI das Fake News, o deputado Alexandre Frota (PSDB-SP) afirmou que assessores ligados à Presidência da República comandam "milícias digitais" e controlam "perfis falsos em excesso". A passagem do tucano na comissão foi tumultuada e marcada por discussões entre ele e deputados do PSL, seu antigo partido. "O Planalto virou o porto seguro de terroristas digitais", afirmou Frota.
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Eduardo Bolsonaro X Frota: 'O senhor era menos promíscuo fazendo pornô', 'mas você gosta de ver'Pabllo Vittar no lugar de Damares 'faria muito melhor', diz FrotaAlexandre Frota faz Rodrigo Maia chorar durante reunião; veja vídeoQuestionado pela relatora da CPI, a deputada Lídice da Mata (PSB-SP), o deputado citou os nomes dos assessores especiais da Presidência Tercio Arnaud Tomaz, José Matheus Salles Gomes e Mateus Matos Diniz, como sendo integrantes do chamado "gabinete do ódio". O grupo é próximo ao presidente e atua nas redes sociais da Presidência. Os três também irão depor na CPI em data ainda não definida.
"Vossa excelência confirma a existência de um grupo de trabalho no governo federal, no gabinete da Presidência da República, a formação de um grupo de trabalho com o objetivo de disseminar o ódio, por tanto, recebendo recursos públicos salariais para este fim?", questionou a relatora.
"Confirmo. É um gabinete onde três pessoas trabalham ou até um pouco mais", afirmou Frota.
De acordo com Frota, a atuação da "milícia digital" está sob o comando do filho do presidente Carlos Bolsonaro, vereador pelo PSC no Rio. O deputado disse que presenciou mais de um momento em que o vereador fala com o pai sobre a atuação nas redes sociais.
"Presenciei Carlos discutindo o impulsionamento de postagens com Bolsonaro", afirmou Frota.
Queiroz
O deputado Alexandre Frota disse ainda que o próprio presidente Jair Bolsonaro pediu a ele que não falasse sobre as investigações envolvendo Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho mais velho do presidente.
De acordo com relato do parlamentar tucano, Bolsonaro pegou ele pelo braço em uma reunião no Planalto e disse "cala essa matraca, p...!", em referência a discursos feitos por ele no Plenário da Câmara.
Ataques
O deputado Eduardo Bolsonaro (SP), filho do presidente Jair Bolsonaro e líder do PSL na Câmara, foi para o confronto e chamou Frota de "traíra" e "falso".