Jornal Estado de Minas

Eduardo Bolsonaro: 'Se a esquerda radicalizar, a resposta pode ser novo AI-5'; assista

deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) diz que o governo pode responder com um novo AI-5 ao que chamou de "radicalização da esquerda". A afirmação foi feita à jornalista Leda Nagle, em entrevista publicada nesta quinta-feira (31) no canal dela no Youtube

"Vai chegar um momento em que a situação vai ser igual a do final dos anos 60 no Brasil, quando sequestravam aeronaves, quando executavam-se e sequestravam-se grandes autoridades, consules, embaixadores, execução de policiais, de militares. Se a esquerda radicalizar esse ponto, a gente vai precisar ter uma resposta. E uma resposta pode ser via um novo AI-5, pode ser via uma legislação aprovada através de um plebiscito como ocorreu na Itália. Alguma resposta vai ter que ser dada", disse o filho do presidente Jair Bolsonaro. 

O parlamentar diz esperar que a situação "não chegue a esse ponto", embora veja a esquerda como "um inimigo interno difícil de identificar". "É uma guerra assimétrica, não é uma guerra onde você está vendo o seu oponente do seu lado e você tem que aniquilá-lo, como acontece nas guerras militares. É um inimigo interno de difícil identificação aqui dentro do país. Espero que não chegue a esse ponto, mas a gente tem que estar atento", alertou.

Assinado pelo então presidente Arthur da Costa e Silva em 13 de dezembro de 1968, o Ato Institucional nº 5 marcou a fase mais rígida da ditadura militar no Brasil (1964-1984). Paralelamente à promulgação do ato, o mandatário fechou o Congresso Nacional, as assembleias legislativas e câmaras municipais.

 O decreto conferia ao presidente poderes como cassação de mandatos nas três esferas de poder, suspensão de direitos políticos dos cidadãos (demitir e aposentar funcionários públicos, por exemplo), decretar estado de sítio sem retrições ao país, e legislar por decreto.
No âmbito das garantias civis, o AI-5 derrubou o direito a habeas corpus (liberdade provisória garantida ao cidadão enquanto responde a processo) concedido a acusados de crimes contra a segurança nacional. Eles também passaram a ser julgados por tribunais militares, sem possibilidade de recorrer.
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