O parlamentar diz esperar que a situação "não chegue a esse ponto", embora veja a esquerda como "um inimigo interno difícil de identificar". "É uma guerra assimétrica, não é uma guerra onde você está vendo o seu oponente do seu lado e você tem que aniquilá-lo, como acontece nas guerras militares. É um inimigo interno de difícil identificação aqui dentro do país. Espero que não chegue a esse ponto, mas a gente tem que estar atento", alertou.
Assinado pelo então presidente Arthur da Costa e Silva em 13 de dezembro de 1968, o Ato Institucional nº 5 marcou a fase mais rígida da ditadura militar no Brasil (1964-1984). Paralelamente à promulgação do ato, o mandatário fechou o Congresso Nacional, as assembleias legislativas e câmaras municipais.
O decreto conferia ao presidente poderes como cassação de mandatos nas três esferas de poder, suspensão de direitos políticos dos cidadãos (demitir e aposentar funcionários públicos, por exemplo), decretar estado de sítio sem retrições ao país, e legislar por decreto. No âmbito das garantias civis, o AI-5 derrubou o direito a habeas corpus (liberdade provisória garantida ao cidadão enquanto responde a processo) concedido a acusados de crimes contra a segurança nacional. Eles também passaram a ser julgados por tribunais militares, sem possibilidade de recorrer.