O presidente Jair Bolsonaro afirmou na tarde desta quinta-feira, 31, que falou para o filho, o líder do PSL na Câmara, Eduardo Bolsonaro (SP), tirar a "palavra AI-5" do vocabulário dele. Bolsonaro afirmou que não se deve discutir "picuinhas". "Vamos tocar este barco, que o Brasil tem tudo para dar certo", disse, em entrevista ao programa "Brasil Urgente", da TV Bandeirantes. Bolsonaro declarou que não se deve ficar nos "assuntos menores".
Ele falou também sobre liberdade de imprensa. De acordo com Bolsonaro, a liberdade de imprensa deve ser ampla, total e irrestrita. "Mas quando atingem a honra de uma pessoa, é outra história", julgou, sem especificar.
O presidente voltou a comentar o vídeo que postou no Twitter em que ele seria representado por um leão, atacado por hienas, que seriam instituições, partidos e meios de comunicação. Bolsonaro disse lamentar o desgaste causado com o Supremo Tribunal Federal (STF). Ele afirmou que não tinha visto "o pequeno símbolo do Supremo" no vídeo antes de publicar.
"Espero que tenha tudo sido resolvido." Mas acrescentou que não existe político mais vítima de notícias falsas do que ele.
Na entrevista, o presidente defendeu ainda os ministros. Segundo Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, quer dar o melhor de si para o Brasil e nunca esteve ligado a "política nenhuma" no passado. "Assim são os nosso ministros, elogiados, por vezes, até pela oposição", disse.
Sobre o ministro da Justiça, Sergio Moro, o presidente acentuou que ele é o que chama de "alvo compensador". "Querem bater nele para ver se derrubam o governo", afirmou acreditar.
Bolsonaro falou também sobre o exercício da Presidência da República. "A gente chega bem-intencionado e não tem poder de fazer tudo o que quiser; ainda bem que não tem o poder, tem gente que faz besteira", alertou.
Caso Marielle
Bolsonaro voltou a falar ainda sobre a citação de seu nome pelo porteiro do condomínio onde tem casa, no Rio, na investigação a respeito do assassinato da vereadora Marielle Franco. "Como é que vaza uma informação de um processo que corre em segredo de Justiça?", questionou.
Conforme o presidente, o porteiro ou agiu de má-fé, foi "comprado" ou "falou a verdade segundo a cabeça dele".