Após a repercussão negativa de suas declarações sobre o Ato Institucional 5, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) recuou e pediu desculpas no fim da tarde desta-quinta-feira. Eduardo apontou o AI-5 como solução para evitar o avanço da esquerda no país. Em entrevista ao programa “Brasil Urgente”, na Band, o parlamentar disse que não existe a possibilidade da volta do instrumento que cassou direitos durante a ditadura militar.
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Ele ainda afirmou que talvez tenha sido “infeliz” ao citar o AI-5 como possível solução para uma investida violenta das esquerdas. “Eu talvez tenha sido infeliz de falar no AI-5, porque não existe qualquer possibilidade de retorno do AI-5, mas, nesse cenário, o governo tem que tomar as rédeas da situação”, disse, comparando com os protesto ocorridos no Chile nas últimas semanas.
Em entrevista concedida ao canal no YouTube da jornalista Leda Nagle, Eduardo disse que será preciso dar uma resposta à esquerda, caso ela resolva radicalizar.
“Vai chegar um momento em que a situação vai ser igual a do final dos anos 60 no Brasil, quando sequestravam aeronaves, quando executavam-se e sequestravam-se grandes autoridades, consules, embaixadores, execução de policiais, de militares. Se a esquerda radicalizar esse ponto, a gente vai precisar ter uma resposta. E uma resposta pode ser via um novo AI-5, pode ser via uma legislação aprovada através de um plebiscito como ocorreu na Itália. Alguma resposta vai ter que ser dada”, disse o filho do presidente Jair Bolsonaro.
'Está sonhando'
Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) desconversou sobre a fala do filho dele. Ao sair do Palácio da Alvorada, Bolsonaro disse que quem defende tão situação “está sonhando”. “O AI-5 já existiu no passado, em outra Constituição, não existe mais.
O presidente não quis entrar na polêmica e na repercussão negativa das declarações do filho dele, mas ressaltou que filho era adulto e poderia responder sobre suas atitudes. Porém, lamentou o que Eduardo disso.
“Olha, cobre você dele.
Conselho de Ética
Ao longo do dia a fala de Eduardo Bolsonaro repercutiu negativamente e o próprio presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), as classificou como 'repugnantes' e passiveis de punição. Além disso, o PSOL e o PDT pretendem recorrer ao Conselho de Ética contra Bolsonaro.
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