O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ), amigo e principal aliado político da vereadora assassinada Marielle Franco, pediu ao procurador-geral de Justiça do Rio, José Eduardo Gussem, o afastamento da procuradora Carmen Eliza Bastos de Carvalho das investigações sobre a morte da parlamentar.
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Freixo pede nova perícia e afastamento de promotora do caso MarielleCaso Marielle: perícia foi feita em 2h25Em live, Bolsonaro volta a criticar Witzel por caso Marielle"Cabe destacar que, em que pese não existir isenção política, pois seres humanos têm suas opiniões políticas e têm direito ao pleno exercício da cidadania, o que a Lei Orgânica do Ministério Público veda é a participação político-partidária, impondo um dever de agir desprovido de paixões políticas, com a devida isenção ou imparcialidade, na condição de membro do Ministério Público ou do Poder Judiciário", escreve Freixo na representação enviada nesta sexta-feira, 1, ao MP estadual.
Segundo o deputado do PSOL, Carmen ignorou um dever funcional do cargo ao não se declarar suspeita para atuar no caso, "violando o art. 118, VII da Lei Complementar nº 106/2003 e art. 43 da Lei 8.625/1993."
Desde que as fotos de Carmen vieram à tona, na manhã desta quinta-feira, 31, o Ministério Público ainda não se posicionou oficialmente. Uma reunião da cúpula do órgão chegou a ocorrer ontem à noite, mas a promotora teria se recusado a deixar as investigações.
Outro pedido feito por Freixo na representação é que seja realizada uma nova perícia nos arquivos que registram as entradas no condomínio Vivendas da Barra, onde moram Bolsonaro e o policial Ronnie Lessa, preso acusado de disparar os tiros contra Marielle em março de 2018.
A perícia que embasou o argumento de que o porteiro mentiu ao associar Bolsonaro a outro envolvido no crime, Elcio Vieira de Queiroz, foi finalizada em menos de duas horas e meia. Ao solicitar a perícia, as promotoras também ignoraram possíveis adulterações nos arquivos em si, como exclusões ou renomeações.
Carmen estava na coletiva de imprensa em que o Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizada (Gaeco) desmentiu o depoimento prestado pelo porteiro do condomínio..