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Estado de Minas

Marco Aurélio chama atenção de advogados que tratam ministros como ''vocês''

Durante julgamento no STF, o ministro criticou e corrigiu dois advogados pelo tratamento mais pessoal: ''Há de se observar a liturgia''; veja vídeo


postado em 06/11/2019 18:46 / atualizado em 06/11/2019 19:36

(foto: Carlos Moura/SCO/STF )
(foto: Carlos Moura/SCO/STF )
Durante julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a contribuição para o INSS durante a licença maternidade na manhã desta quarta-feira (6), o ministro Marco Aurélio Mello criticou dois advogados que se dirigiram aos ministros como "vocês". Primeiro, o advogado Renato Guilherme Machado Nunes foi até a tribuna para fazer sustentação oral, se dirigindo ao relator Luís Roberto Barroso. 

 

"Eu falo de coração aberto, ministro Barroso, eu receio que, em toda a minha profissional, o pedido de justiça que estou fazendo aqui pra vocês, Excelências, ele nunca foi tão eloquente como..."

 

Nesse momento, Marco Aurélio interrompeu o advogado. "Para vocês", corrigiu.  Com isso, Machado tentou se desculpar: "Ah, me perdoe, Vossas Excelências. Me perdoe. Alías, outro dia, fui chamado a atenção também no TRF lá de São Paulo. Me perdoe."

 

Depois, foi a vez de a advogada Daniela Lima de Andrade Borges, representante da OAB, ser corrigida. "inclusive, queria confessar aqui pra vocês que nesta causa se discute a ausência de cumprimento..." O ministro interrompeu novmante, dessa vez dirigindo a palavra ao presidente da Corte, Dias Toffoli. "Presidente, novamente, advogado se dirige aos integrantes do tribubal como vocês. Há de se observar a liturgia! É uma doutora, professora", disse. 

 

Daniela respondeu pedindo "escusas" ao ministro. "Peço desculpas à Vossa Excelência. Talvez pelo nervosismo. O senhor, Vossa Excelência, tem toda a razão. Peço desculpas. É o que eu posso fazer no momento", respondeu a advogada. 

 

 

 

A "quebra de liturgia" é uma reclamação recorrente do ministro Marco Aurélio Mello. Em outubro, ele criticou o recebimento de um convite para solenidade do ministro Jorge Mussi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), por meio de um ofício ao Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina. "Integrante de cerimonial não se dirige diretamente a ministro do Supremo", escreveu. 


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