Jornal Estado de Minas

'Estamos tendo um governo patriota', diz Zema sobre Bolsonaro



O governador Romeu Zema (Novo) afirmou nesta quinta-feira (7) que o Brasil viveu anos de uma “democracia irresponsável” mas teve esse ciclo encerrado com o novo governo, do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Ao participar, na sede do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), de reunião preparatória para o encontro dos Brics – que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – ele afirmou estar orgulhoso de participar desta mudança.

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“Estamos tendo um governo patriota, que está olhando os interesses da nação acima de alguns grupos, e compartilho dessa visão”, afirmou.

Zema disse que o Brasil teve o pior desempenho do grupo dos Brics nos últimos cinco anos, o que chamou de um “desastre fabricado” pelas instituições políticas.

“Se de 1964 a 1985 tivemos aqui um regime que alguns chamam de militar, de ditadura, não vem ao caso, eu diria que de 1988, quando a Constituição foi promulgada, até 2018 tivemos algo que chamo de democracia irresponsável, onde quem estava no poder esqueceu estava representar o povo e passou a representar alguns grupos que fizeram uso do estado”, avaliou.

Apelo por ajuste


O governador voltou a pedir que os empresários ajudem a pressionar os parlamentares pela aprovação da adesão de Minas ao programa de recuperação fiscal do governo federal. Mais uma vez, ele citou a Cemig, que disse estar atrapalhando a operação de empresas no estado por não funcionar como deveria, e defendeu sua privatização.

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Segundo ele, a Usiminas teve de parar de produzir em Ipatinga nesta quarta-feira por queda de luz. “No mundo há excesso de liquidez, muitos recursos a serem aplicados aqui, grandes oportunidades serem investidas e infelizmente parte população e os deputados com essa visão que o estado tem que ser dono, e um estado falido, que faz incidentes como o de ontem acontecerem”, afirmou.

Fundo para saneamento


Zema participou da assinatura de um protocolo para viabilizar um fundo que vai investir, a partir de Minas Gerais, US$ 1 bilhão em saneamento nos municípios. Quem vai aportar os recursos são as empresas ONE Comprador LLC e Comprador Limited, que irão usar negócios e recursos chineses para os investimentos em infraestrutura.

O Fundo de Impacto Social Brasil-China será lançado no início de 2020 e vai oferecer sistemas de tratamento de águas residuais via empresas chinesas. Apesar de ter sede em Belo Horizonte, o projeto vai servir a outros estados.

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O CEO da ONE Comprador Rodrigo Veloso afirmou acreditar que os recursos poderão ser investidos em um prazo de seis a oito meses. “Não é exclusivo para Minas mas nossa intenção é investir o máximo possível no estado”, disse.

Segundo o empresário, é a primeira vez que um grupo de empresas chinesas traz um projeto de investimento em saneamento na América Latina. Ele adiantou que sua empresa lançará um escritório em Belo Horizonte até o fim deste ano.

No encontro preparatório para a reunião dos Brics, os presidentes do BDMG, Sérgio Gusmão, e da Fiemg, Flávio Roscoe, defenderam a importância dos países para o comércio brasileiro e mineiro.