Em discurso, na tarde deste sábado (9/11), na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não poupou críticas ao governo. O petista afirmou que vai percorrer o país e, em tom de campanha, declarou que vai atuar para que a esquerda vença as eleições de 2022. Ele discursou ao lado de outras lideranças de esquerda, como o deputado federal Marcelo Freixo (Psol-RJ), a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffman (PT-RS) e Guilherme Boulos, do MTST.
Apesar de afirmar que não apoia um impeachment do presidente Jair Bolsonaro, o ex-presidente chegou a falar em manifestações e disse que não pode aceitar um “governo de milicianos”. O discurso durou cerca de 30 minutos e foi acompanhado por milhares de manifestantes. “Eu quero dizer uma coisa para vocês. Não tem outro jeito. Não tem ninguém que conserte este país se vocês não quiserem consertar. Não adianta ficar com medo.
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Críticas a Lava-Jato
O petista também criticou o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava-Jato no Paraná. “Eu tomei a decisão de ir lá na Polícia Federal. Eu poderia ter ido para uma embaixada, para outro país. Mas eu fui lá para provar que o juiz Moro não é um juiz é um canalha. Eu tive que provar que Dallagnol, que não é um procurador que representa o Ministério Público.
Em cima de um trio elétrico, o político criticou a queda da Taxa Selic (taxa básica de júros), afirmando que esse indicador financeiro não representa alívio nas contas das famílias mais pobres. “Aqui tem muitos economistas. Vocês estão percebendo que a taxa de juros está caindo. Mas a taxa de juros que cai é a Taxa Selic. Que envolve o governo e a dívida pública. Mas eu quero saber se o juros do cartão de crédito caiu. Se o juros do cheque especial caiu. Se os juros da Casas bahia caiu. Por que é esse juros que afeta o salário do trabalhador (SIC)”, disse.
Por fim, Lula lembrou de revoltas populares que estão ocorrendo em outros países da América do Sul, como o Chile, o Peru e o Equador e convocou o povo para ir às ruas, sem marcar uma data. “Os nossos deputados vão ter que virar leões naquele congresso para não deixar eles aprovarem o que querem contra o povo trabalhador. Temos que seguir o exemplo do povo da Bolívia, do Chile, do Equador. Não é só lutar, é resistir. É atacar. Estamos muito calmos”, completou..