Jornal Estado de Minas

Presidente da Cemig defende privatização para evitar falta de luz


Em campanha para conseguir apoio para privatizar a Cemig no ano que vem, o governador Romeu Zema (Novo) recorreu ao presidente da empresa, Cledorvino Belini, para atestar o mau funcionamento da companhia.



Em vídeo publicado em suas redes sociais nessa quarta-feira (13), ele disse que os problemas têm aumentado e que a Cemig não consegue atender muitos empreendimentos no estado.

“A solução é a privatização, não é?”, questiona Zema a Belini, que responde: “Exatamente.”

Para justificar a privatização, o presidente da companhia repetiu que durante anos a Cemig não fez os investimentos necessários. “Hoje em certas regiões falta luz e, em certas regiões, além de faltar tem picos constantes de energia. Ou seja, não consegue atrair o desenvolvimento econômico de Minas. Sem energia não acontece nada”, disse.

Na terça-feira, Zema já havia postado um vídeo de um diretor da Usiminas em Ipatinga falando sobre um apagão que fez a fábrica parar de funcionar na semana passada “pela segunda vez em menos de 20 dias”. “Hoje a Cemig é um entrave para o desenvolvimento do estado. É uma excelente empresa, mas está sucateada”, disse.

O governador enviará o projeto para privatizar a Cemig à Assembleia no ano que vem, mas já sabe que enfrentará muita resistência no Legislativo. A privatização faz parte das medidas necessárias para Minas conseguir aderir ao regime de recuperação fiscal do governo federal, que permitirá suspender pagamentos e obter recursos financeiros para ajudar na crise. 

 

Para privatizar, no entanto, a Constituição Mineira exige que o assunto passe por um referendo popular, além de ter o aval da maioria dos 77 deputados estaduais.

 

 





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