Jornal Estado de Minas

Deputado do PSL quebra placa que aborda violência policial contra população negra

Uma exposição na Câmara dos Deputados, em Brasília, em alusão ao Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro (nesta quarta-feira) no Brasil, causou polêmica na tarde desta terça-feira. O incômodo de alguns parlamentares foi tanto que um deles, o deputado federal Coronel Tadeu (PSL-SP), quebrou uma das placas expostas em um dos corredores da Casa.

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A atitude do deputado gerou revolta por parte de outros parlamentares. A placa quebrada por Coronel Tadeu tem uma ilustração do cartunista Carlos Latuff, que mostra um homem negro morto depois de ser baleado por um policial branco. Além disso, também havia dados relacionados a assassinatos de pessoas negras. Ela faz parte da exposição “Trajetórias Negras", que homenageia personalidades negras brasileiras e aborda problemas sociais, como o racismo.
 
Logo depois do fato, os parlamentares Áurea Carolina (Psol-MG), Benedita da Silva (PT-RJ), David Miranda (Psol-RJ) e Talíria Perrone (Psol-RJ) apresentaram uma representação contra Coronel Tadeu no Conselho de Ética da Câmara e na Procuradoria-Geral da República.
 
Nas redes sociais, Coronel Tadeu se defendeu: “Policiais não são assassinos. Policiais são guardiões da sociedade, sinto orgulho de ter 600 mil profissionais trabalhando pela segurança de 240 milhões de brasileiros”.

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Antes de Coronel Tadeu danificar a exposição, o parlamentar e colega de legenda, Daniel Silveira (PSL-RJ), havia chamado a segurança da Câmara e se queixado da obra. Para Daniel, a imagem tratava de uma "generalização" e não condizia com a realidade.
 
Daniel ficou conhecido por estar junto do atual governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), em um comício realizado na cidade de Petrópolis no ano passado. Na ocasição, eles participaram da destruição de uma placa com o nome da vereadora negra Marielle Franco, assassinada em março de 2018.