O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro, voltou a rebater nesta quinta-feira, 21, o que chamou de "informação falsa" em relação ao convite para integrar o governo Jair Bolsonaro. Segundo ele, o primeiro contato ocorreu na semana antecedente ao segundo turno das eleições presidenciais de 2018, não antes disso.
"Emiti nota ontem (quarta-feira, 20). Na semana antecedente ao segundo turno, recebi visita de Paulo Guedes, atual ministro da Economia, sondando qual seria a reação se recebesse convite do presidente. Depois de eleito, foi feito o convite", respondeu Moro, em entrevista nesta à Rádio CBN. A informação de que teria sido sondado com antecedência para o cargo em 2018 fora dada por Gustavo Bebianno, ex-secretário-geral da Presidência da República, em entrevista no final de semana.
"Não tem nada que já não tivesse falado anteriormente. O primeiro contato foi antecedente ao segundo turno. Qualquer outra informação é falsa", disse o ministro.
Ainda de acordo com Moro, depois de eleito, o presidente Bolsonaro fez o convite. "Em primeiro de novembro, quando a convite dele conversamos sobre convite ao ministério". "Nós conversamos, convergimos na pauta", continuou, acrescentando que incluía que o Ministério da Justiça teria que ser de combate à corrupção, crime organizado e crime violento. "Aceitei para avançar mais nessas áreas".
Ao ser questionado sobre sua possível suspeição, respondeu que "o passado às vezes teima em não se reconhecer como o passado".
Durante a entrevista, o ministro afirmou ainda que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva faz parte do seu passado. "É fácil dizer perseguição política, difícil é explicar os fatos", disse, emendando que tal discurso "não refuta as provas". "A Petrobras foi saqueada e utilizada para investimentos".
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