Instituído em 1991 pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, comemorado nesta segunda-feira, 25 de novembro, foi celebrado em uma sessão solene realizada no plenário da Câmara dos Deputados, na manhã desta segunda. A sessão, que contou com a presença do presidente da Casa, Rodrigo Maia, ressaltou as estatísticas assustadoras sobre o tema.
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Segundo a autora do requerimento da sessão solene, deputada Flávia Arruda (PL-DF), a Lei do Feminicídio é relativamente nova e ainda pode haver dúvidas perante a ela. Para Flávia, essa é uma luta de todos. “Isso não é assunto de mulher. É assunto de todos. E só assim vamos conseguir acabar e enfrentar essa cultura que assola a sociedade brasileira”, ressaltou. A deputada citou dados preocupantes sobre o assunto.
De acordo com um levantamento feito pelo Correio, 30 mulheres foram vítimas de feminicídio no período de janeiro a outubro de 2019. O secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, também esteve presente no evento e ressaltou o compromisso da Secretaria de Segurança do DF contra o combate à violência contra a mulher.
“O crime de feminicídio é um crime de difícil prevenção e de fácil elucidação. Em 2019, temos 100% dos casos apurados no DF. O mais difícil é prevenir. O feminicídio não é um crime que ocorre da noite para o dia. Ele vem amadurecendo e acontecendo até acabar neste resultado trágico, que é a morte”, afirmou.
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O discurso foi endossado por alguns deputados que passaram pelo Plenário. O deputado Marcelo Ramos (PL-AM), por exemplo, ressaltou que a violência contra a mulher preocupa ainda mais quando o recorte são mulheres jovens e negras. “A violência é dura na sociedade como um todo, mas pesa mais entre as mulheres jovens e as mulheres negras. É preciso ter atenção a este recorte para criar medidas efetivas”, disse.
Apesar de presidir a sessão, o presidente Rodrigo Maia não fez nenhum discurso durante a sessão. Antes da realização da sessão solene, cerca de 100 pessoas fizeram um ato simbólico contra a violência sofrida por mulheres no gramado em frente ao Congresso Nacional.